quarta-feira, fevereiro 28, 2007

A VOZ DO REALISMO...

Navegando "em mar de contentamentos"...







Os bons vi sempre passar

No mundo graves tormentos;

E, pera mais espantar,

Os maus vi sempre nadar

Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assi

O bem tão mal ordenado,

Fui mau, mas fui castigado.

Assi que, só pera mi,

Anda o Mundo concertado.

Luiz Vaz de Camões

Nota: Se Camões conhecesse o deputado madeirense João Carlos Gouveia (e todos os membros da oposição ao monolítico regime local...),então, talvez lhes dedicasse esta trova de sabor tão actual.

A SUBTIL ARTE DA OCULTAÇÃO...

















A nudez forte da verdade...





Vós, que usais o poder com bom proveito,
Vós, que enricais de forma galopante,
À mentira prestais sempre bom preito,
A verdade, por fim, sai triunfante...



Vós cultivais a flor-cumplicidade,
Tendes olhos, ouvidos e narizes,
Vigiando o jardim-opacidade,
Cães de caça à procura de perdizes!...


Mas, de tanto ocultar, ou camuflar,
As suspeitas começam a surgir
E muitos cortinados ... a rasgar!


A verdade começa a reluzir,
Há biombos legais a respeitar,
Mas o prédio-mentira vai ruír...


Rouxinol de Bernardim

Versejar: o efémero e o intemporal.


Bocage: talvez o maior cultor do soneto...



Alguns versos sucumbem ao deus-tempo,
Outros, vão refulgindo, gloriosos,
Polidos pela lima do talento,
Ganham a eternidade, são famosos.


É ver a Natureza, contemplar
Árvores seculares, de tão belas,
Ninguém ousa pedir p'ra derrubar,
Mas, antes desfrutar o prazer delas! (1)


Versejar é também o preservar
O que é intemporal, o que é eterno,
É arte de palavras burilar.


É respeitar o antigo e o moderno,
É as palavras saber não ultrajar,
Tratando-as com carinho e afago terno.

Rouxinol de Bernardim

(1) Nem todos respeitam a natureza como ela merece; há gente com sensibilidade para enricar, para sugar recursos que são de toda a comunidade, em proveito próprio, redundando em prejuízo de toda a comunidade. São os sanguessugas. São eles que fazem deste lamaçal quotidiano, o "inverno do nosso descontentamento"...

O mundo é feito de mudança!... Dizia Camões!...

Há mudanças em quase tudo... mas, o Zé Povinho, ainda hoje é espezinhado por tiranetes que o vão calcando e... à sua custa vivendo...
já é tempo de mudar!...
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente, vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
NOTA: Luís de Camões, o imortal Épico, fala da mudança como coisa normal no mundo, na natureza, nos sentimentos, enfim na rotina do quotidiano.
Se perguntassem a Alberto João Jardim o que pensa do poema acima, talvez ironizasse: "Camões?! Esse pobre zarolho, esse "cubano" ressabiado não conhece este oásis de progresso e de opulência que é a Madeira desde que me instalei na Quinta da Vigia! Aqui, "valores mais altos se alevantam", portanto "mudança" é palavra que não entra no dicionário desta Ilha... Camões, ao escrever isto, vê-se mesmo que é contra a "Autonomia" e... talvez seja mais um dos "colaboracionistas" do Cont'nente! Deve estar à espera de alguma "tença" do Terreiro do Paço... enfim, esse Camões talvez seja um "velho do Restelo" sem coragem, sem audácia... Se viesse aqui à Madeira... talvez lhe incendiassem o carro...
Atenção: isto é pura imaginação do autor. AJJ não diria uma coisa destas; tem até o espírito de humor necessário para sorrir (talvez em tom amarelado...) desta charge...

domingo, fevereiro 25, 2007

HINO À REVOLUÇÃO!

É urgente acabar com as "mamas"!!!



O CORRUTO... E EU...



Senhor político, eu sei,
que é assim em todo o lado,
por isso contribuirei
pra não ser ostracizado
o que pedir... eu darei!...


É assim em todo o lado
toda a vida subornei
só assim sou respeitado...
o partido eu ajudei
financiei o pecado...


É assim em todo o lado
e não há nada a fazer
é um "SISTEMA" danado
lógica do "tem que ser"!
ou... se é marginalizado!


Nas finanças, tribunais,
nas arbitragens... também!
câmaras municipais
é preciso ir além
dos "processos" triviais...


É assim em todo o lado
e quem assim não pensar
por louco pode ser dado
quem não quiser alinhar
tem logo o "caldo entornado"!...


Quem quiser subir na vida
no "esquema" tem que alinhar
a moral está corrompida
a ética anda a voar
a decência... está falida!...


É assim em todo o lado
é pagar e não bufar!...
o "SISTEMA" está montado
ninguém o vai desmontar
ou... é desacreditado!...


Jagunços vão contratar
coças são encomendadas
juízes vão controlar...
têm vidas devassadas
por fim... é chantagear!...


É assim em todo o lado
ai de quem não alinhar!
o "SISTEMA" bem oleado
com cifrões até fartar...
há que pagar... e calar!


As almas estão à venda
preços, podem variar:
umas, recebem comenda,
outras... talvez Jaguar!
p'ra todas há uma prenda!




MAS... EU PENSO ASSIM:
"SISTEMA" desnaturado
"jardim", só ervas daninhas!
Portugal acorrentado
a corrupções bem mesquinhas
é país sempre adiado
entregue aos furões e doninhas
é país abastardado
só intrigas e guerrinhas
um povo narcotizado
com Fátima... e "Fatinhas"...
um país colonizado
por reisetes e rainhas
é país alienado.
Por isso, estou revoltado!
triste, mas não derrotado...
quero ver o povo amado
deste chão... alevantado!!!
Rouxinol de Bernardim



NOTA: Isto pretende ser um grito de alerta contra o marasmo, a resignação, o fatalismo, "fados" tão enraizados na alma lusa, mas que há que ultrapassar sem demora. Cada um de nós, de per si, faça um esforço e não se renda ao "SISTEMA". O "monstro" vai ser derrotado. Basta cada um de nós ter pensamento positivo, não se deixar amordaçar. Quero homenagear o que há de são e puro neste Povo que Rafael Bordalo Pinheiro retratou com tanta mestria. Quero homenagear os juízes honestos e íntegros que não "alinham" no "SISTEMA". E... QUE A REVOLUÇÃO COMECE HOJE! QUE NINGUÉM SE DEIXE AMORDAÇAR PELO "MONSTRO"!!!

sábado, fevereiro 24, 2007

AURORA CUNHA: um hino ao atletismo!





Em Ronfe foi despontando
Qual aurora promissora...
Correndo, quase voando,
Esta atleta ganhadora.


Com fibra, com pundonor,
Com o "triunfo" casou,
E este tão grande amor
À fama a catapultou!


Portugal se revê nela
Com a raça e o estoicismo
Portugal correu com ela...
Sentiu seu portuguesismo.


Sua leveza se impunha
E a classe tão natural
Dir-se-ia que Aurora Cunha
Foi "aurora boreal"!...


Teu brilhante palmarés
Com vitórias de eleição
Diz-nos, Aurora, que és
Digna da nossa afeição!

JOTEME

ZECA AFONSO, 20 anos de saudade!...





A saudade também dói

É, da alma uma ferida,

Como um ácido, corrói,

Deixa marca bem sentida...

A morte, reles vampiro,

Desses, que tu detestavas,

Privou-te, com teu "retiro",

Da vida que tanto amavas.

Mas, a viver continuas,

No Povo, lá na garganta...

Quando se povoam ruas

E Grândola a gente canta!

Há que cantar Liberdade!

Coisa que faz sempre falta...

Há que animar a cidade

E fazer vibrar a malta!...

Vampiros, cada vez mais,

O Povo sugando vão,

Controlam os tribunais

Tidos por santos... já são!

Vampiros "dourados" passam

Por "santinhos" de respeito

No desporto só trapaçam

Atropelam tudo a eito...

Tem vasos comunicantes

Na Madeira, o vampirismo...

Passa de alguns governantes

P'ró venal clericalismo...

O vento da Liberdade

Já não sopra como outrora

No reino da opacidade

A censura sopra agora...

ZECA AFONSO, penso assim:

Portugal vampirizado

Por sanguessugas sem fim

É País sempre adiado...

Falar verdade não é

Virtude, mas sim defeito!...

Mentir, dá glórias até,

Preciso... é ter bom jeito!

Cada vez mais actual

ZECA, é a tua menagem,

Cada vez mais crucial

É mostrar tua coragem!

Matusalém

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

ALVES BARBOSA: 700.000 Km a pedalar...

Alves Barbosa, já veterano...


Na bicicleta montado
Em perfeita sintonia
Com o dorso bem curvado
Era assim que ele corria...

Inteligência e talento
Controlando a emoção
Estrela do firmamento
A brilhar no pelotão.

Elegância a pedalar
Com porte senhorial
Metas, sabia cortar,
Chamavam-lhe :"o canibal"!

"Devorava" a concorrência
Com raro virtuosismo
Fibra mais inteligência
Em perfeito sincronismo!

No contra-relógio, um rei,
A sprintar, um velocista,
Tão ecléctico, eu direi,
O mais completo ciclista.

No seu tempo dominava
O pelotão nacional
Águia que nos encantava
O maior ás do pedal!!!

Rouxinol de Bernardim

Nota: era um gentleman na verdadeira acepção do termo; venceu várias voltas a Portugal na década de cinquenta. Esteve na Volta a França e brilhou em Espanha.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Campanha eleitoral: amante com duas grandes tetas!...




Na campanha eleitoral
Tem duas tetas na mão:
Uma, é mama clerical
A outra, é a informação!

Cada qual mais bem nutrida
Com "silicone-cifrão"...
Cada qual mais atrevida
Alimentam multidão!

Os padrecos "comissários"
Sem um pingo de isenção
Do poder serventuários
Agradecem a "atenção"!...

Rendidos ao poder 'stão
Alguns, com grande cinismo,
Não sei se é só gratidão
Ou também oportunismo?

A teta do jornalismo
Do Estado chupa milhões...
Autêntico vampirismo
Esta praga de mamões!!!

A teta do Cont'nente
A Lei ousou controlar...
Era teta incontinente
Não parava de aleitar!

O "bezerro" não gostou
Do garrote-austeridade...
Vão-me capar, lá pensou,
E... toca de protestar!

A mama não larga, não!
Diz que vai continuar
As tetas são obsessão
Há-de morrer a mamar!

Que ilacção há que tirar
Desta mania-obsessão?!
O povo vai "receitar":
A "cura de oposição"!!!


JOTEME

NOTA: Dizem que o Estado está "gordo"! Vai daí toca de o sugar para engordar as tetas que hão-de suportar as mordomias de clientelismos... e outros ismos de igual teor! Já chega de "abastardar" a democracia! O povo tem que erguer a sua voz, tal como o Zé Povinho do imortal Rafael Bordalo Pinheiro e lançar ao chão aqueles que o calcam impunemente! É um fartar vilanagem!

domingo, fevereiro 18, 2007

O "Imprescindível" ameaça... mas falta-lhe coragem!





Farto do poder, farto do "sistema"!
Regurgito discursos, com prazer,
Já não sou solução... mas o problema,
Lapa agarrada à rocha do poder!


De síndrome insular estou a sofrer,
Sinto-me afogar neste mar de palmas!...
Sei bem que não p'ra mim... mas... ao poder...
Poder que tudo compra!, até as almas!


Prazo de validade terminou
Faço omoletas sim!, mas só com ovos!
Magia?! não farei... mago não sou!


Já é tempo de dar lugar aos novos
O Brasil é mais quente, p'ra lá vou!
Conhecer novos mundos, outros povos!...

Matusalém

sábado, fevereiro 17, 2007

MANUEL JOSÉ, o "faraó" português!




No país dos faraós
Manuel José venceu!
Foi "leão" bem feroz...
E o Egipto "enlouqueceu"...



Da pirâmide foi cume
Foi um sol abrasador
Foi a chama que deu lume
Facho galvanizador!


De Portugal é o rosto
Ao rio Nilo sorrindo...
Sorria sempre com gosto
Sempre subindo, subindo...


Estrela do futebol
Treinador de grande astral
Na alma usa o cachecol
Deste pátrio Portugal!


Te saudamos Manel
És espelho da Nação,
Sofremos, mas temos fé,
Que hás-de vir p'rá selecção!...


África já se rendeu
Ao teu futebol estético
Até Alá... compreendeu
Esse teu dom profético!


A Nau Lusitana espera
O teu regresso, eu sonho...
Há sempre uma primavera
Depois de inverno tristonho!...

Rouxinol de Bernardim


sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Mário Moniz Pereira: um ás gerador de ases!



Esta excelsa criatura

No pódio merece estar,

Do desporto é uma figura

De currículo exemplar!

Príncipe dos treinadores

Muito grande, entre os primeiros,

"Deu à luz" grandes valores

De talentos... é "parteiro"!...

O seu fado é a vitória

Só faz marchas triunfais!

Parente rico da glória

Seus hinos... são imortais!

Um "mago" do atletismo

Em Portugal fez escola...

E com raro virtuosismo

Tira ases da cartola!

O país tira o chapéu

A quem desposou a fama

Essa noiva sem ter véu

Que só veros heróis ama!!!

Rouxinol de Bernardim

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

PEDRO HISPANO: Português de dimensão universal.




Pedro Hispano foi papa-cientista,
Português ilustríssimo de então,
Nos legou a mensagem humanista
Símbolo de cultura e erudição.


Seu acendrado amor à medicina
Não impediu o amor à teologia;
Dois credos, mas também a mesma sina:
O mistério de Deus, sua magia!


Hoje em dia, penumbra da memória,
Coroamos a vil gente irrisória
Olvidando figuras de valor!...


Há tanta gente boa, meritória,
Que foi um facho ardendo em paz e amor
Devia ser motivo de louvor!

Rouxinol de Bernardim

MEALHADA! Santuário do leitão!




Mealhada é um santuário
Que nos faz peregrinar;
Leitão, prato sumptuário,
A terra... é quase um sacrário,
Todos lá vão... comungar!


Seu vinho, néctar divino,
Nos arrebata e seduz;
O leitão, porco-menino,
Da gastronomia um hino,
É um regalo, é de truz!


O D. Raimundo ofertou
Aos monges de Vilariça,
A terra desabrochou
E depressa se tornou
Alvo de toda a cobiça!


Paragem obrigatória
Nesta terra abençoada!
Terra de boa memória,
Que também tem sua glória
Na "pomada" da Bairrada!


O seu carnaval reflecte
Da gente o carácter forte!
Faz aquilo que promete
Gente de arrojo, topete,
Gente que conquista a sorte!



O São Cristóvão também,
Que me perdoe o abuso...
P'ra comer leitão cá vem!
O Menino ... aos ombros tem,
Mas... só bebe água do Luso!...

Rouxinol de Bernardim

terça-feira, fevereiro 13, 2007

CAVACO SILVA: "Desleal", "colaboracionista", ou, simplesmente ISENTO?!























Com solércia bem irada
O régulo subsecivo
Com empáfia e charutada
Num fartote discursivo
Deixa a turba extasiada...

Inquilino de Belém
Comeu "bolo eleitoral"...
Julgava-o seu refém...
Chama-lhe então "desleal"
Não lhe oculta o seu desdém!

O régulo subsecivo
Julga-se o Omnipotente!
Com ímpeto possessivo
Julga comprar toda a gente
Ter todo o mundo cativo!...

"Ofertório eleitoral"
Julgava ser passaporte
Predisposição mental,
Quiçá, um trevo da sorte,
Gazua potencial!...

Verdadeiro Presidente
Não é corporativista!
Não pode ser intendente
De algum clã regionalista
Ou de algum "capo" insolente!

Ser "colaboracionista"
Pejorativo labéu...
É luva perfeccionista
Que assenta ao preclaro ilhéu
Qual momice de revista!


Matusalém

sábado, fevereiro 10, 2007

Marinha Grande: coração de vidro, alma de cristal!



Marinha Grande, vidreira,
Terra-solidariedade...
O povo unido é trincheira
Trincheira de liberdade.

O vidro tem o condão
De ser um bom mensageiro
Da terra é já coração
Que bate no mundo inteiro!

Marinha Grande é cartaz
Lá fora, de Portugal,
Encher o ego nos faz
Esta terra que é vitral!

Paredes de vidro tem
O coração desta gente
Até a alma... também
É límpida e transparente!

Marinha Grande enobrece
O orgulho nacional
E justamente merece
O louvor de Portugal!

Rouxinol de Bernardim

Avatares no poder...

Dinheiro vivo comanda
Sussurra ordens, dá leis,
Os plutocratas são reis...
Democracia tresanda
Já fede a promiscuidade
No Reino da Opacidade!


Volumetria depende
Da carteira do freguês!
Podem ser dois... ou ser três...
Ou cinco ou seis, não surpreende...
Regras? Criam-se depois!
É o carro à frente dos bois!...

"Credíveis" até mais não!
Ai de quem tergiversar...
Querem p'ra si um altar!
São donos da procissão
Julgam-se a própria "Verdade"!
Dão-se ares de "santidade"!!!

Aspiram ao monopólio...
Querem todos alinhados
Aos seus desígnios curvados,
São "deuses" no Capitólio...
Quem diz "deuses" diz Jardim
Ou um avatar assim!...

Joteme



Este jardim à beira-mar plantado está cheio de "jardins"... alguns suspensos... nalguma babilónia pertio de si! Esteja atento!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Ao economista-Presidente, diga lá então à gente!...

Lamber botas ao poder
'stá na moda, dá milhões!...
Jornais, já não são p'ra ler
Às vezes servem p'ra erguer
Do poder os seus pendões!

Jornalistas-comissários
Ao serviço de um reizete
São meros serventuários
Às ordens de salafrários
Do poder são uns joguetes!

Na Madeira há um jornal
Que é dos mais subsidiados
Quatro milhões!!!, não está mal...
Encerrá-lo, era normal,
E... milhões eram poupados!...

Com essas pipas de massa
Era urgente uma outra opção...
Tanto desemprego grassa
Tanta gente fome passa
E ninguém faz contrição!...

O poder se perpetua
Com o dinheiro do povo...
Governo se auto-cultua,
Lança dinheiro à rua
É... Colombo, com seu ovo!...

Em Belém há Presidente
Que não gosta de mentir!
Diga lá então à gente,
Se acha que isto é decente
Se é um exemoplo a seguir?!!!...

Se a moda alastra ao País
A ruína é geral:
É subsidiomeretriz
Carcinoma de raiz
Que... abastarda Portugal!!!

Rouxinol de Bernardim

Quando ao povo se pedem enormes sacrifícios, quando se critica o Estado por malbaratar recursos que seriam úteis noutras aplicações ( que é do conceito "custo de oportunidade"?), este e outros casos bradam aos céus!
Quem pode ficar indiferente ao esbanjamento de recursos? Quem põe um travão firme nesta inexorável queda rumo ao abismo? É isto "pluralismo"?!!!

domingo, fevereiro 04, 2007

O CRIME DO PADRE AMARO: o seu regresso...


Eça crucificou a falsidade
Da Igreja, que ao amor entoa um hino
Mas... coarcta-o, fá-lo clandestino...
Amputando aos padres a liberdade!


Surgem pedofilias, sub-produto
Aberrante, hediondo, miserável,
Degradação mais vil e abominável
De rude animal... em estado bruto!...


Mas, porquê proibir o amor carnal
Aos padres, filhos do amor bem maturo?
Quando irá caír este ignóbil muro?!


Padre Amaro!, regressa a Portugal!
Abre as portas à Igreja do futuro!
Até Deus dirá: «Isto é amor-puro!!!»

Joteme

Eça de Queiroz, quis certamente ironizar e, quiçá, fazer um livro-tese. Ele era contra a castidade forçada dos padres, e, com o seu romance, lançou aos quatro ventos, com classe, sublime ironia, uma hiperbólica sátira aos costumes; e não perde actualidade...
A sexualidade, essa dádiva divina, está cativa de preconceitos tolos, de estultos anacronismos que levam a Igreja ao descrédito. Rememorar Eça de Queiroz, neste momento, é lançar uma lufada de ar puro (quem diria, Eça?!) no ambiente enfadonho que grassa nesta Igreja católica onde a pedofilia e a homossexualidade vão ganhando terreno perante a sátira de uma sociedade que já não se revê neste status quo....