quinta-feira, julho 19, 2007

O TRIGO E ... O JOIO!


Rui Rio: poderá não ser "o caminho, a verdade, a vida", mas é, seguramente

mais descontaminado dos lóbis da bola e quejandos...

Entre ele e o autarca de Gaia há alguns côvados de diferença em estatura moral e cívica.








Não tenho opção partidária. Não tenho ambições políticas. Entendo que deve existir sempre alguém que possa falar de "fora" para perceber melhor o que se passa lá "dentro".


Sei por experiência (bem dolorosa) o que é ter coluna vertebral, não ceder às chantagens dos lóbis, não bater chapeladas ao vil metal.


Por isso sei o que quer dizer na sua a presidente da distrital do PSD de Lisboa quando verbera os que por ambição pessoal, por arrivismo, por ânsia de protagonismo, quebram os laços de solidariedade e se postam quais alpinistas da fama procurando subir ao cume da montanha do poder. Esses, os sôfregos amantes da glória, os tiranetes de pacotilha, os caudilhos de trazer por casa, a tudo se prestam para saciar o seu apetite...mesmo calcando princípios.


Conheço bem o lóbi da bola. Sei os seus métodos, conheço as suas motivações profundas, os mecanismos de sedução e de "captação" de apoiantes. Não cedi ao canto da sereia e demiti-me da política partidária. Mas não me demiti de observar, não me demiti de opinar, não meti a cabeça na areia.


Por isso sei do que fala a presidente da distrital do PSD de Lisboa. Ela está dentro da razão quando fustiga forte e feio aqueles que à sombra de um protagonismo emprestado por entidades de cariz mafioso se prestaram a usar o camartelo contra esse edifício respeitável chamado PSD.


As "rãs" do nosso descontentamento já há muito coaxavam no charco da ambição desmesurada.

O seu coaxar já alertara os mais prudentes para o arrivismo e a autopromoção sem freio...


Sei bem que Rui Rio, muito embora tenha cometido muitos erros na câmara do Porto ainda é uma referência moral. Recordo que sempre se procurou afastar do poderoso lóbi da bola, com todos os riscos que isso comportou.


Quando o processo "apito dourado" ainda é procissão no adro, a ânsia de LFM poderá confundir-se com a ânsia "controleira" de outras entidades que poderão ter a tentação de o usar como eminência parda. Daí o perigo de uma opção para a liderança do PSD.


Mal por mal, antes Rui Rio. É preferível a racionalidade economicista à audácia megalómana e despesista. Antes a preocupação com as despesas do que a irresponsável ostentação de obreirismo à custa de encargos futuros.
O antigo ministro da justiça Aguiar Branco também é, sem sombra de dúvidas, uma opção mais válida do que LFM, contudo, é preciso que os militantes saibam discernir entre mediatismo puro e duro e a qualidade intrínseca, o capital moral e cívico. Oxalá haja maturidade e bom senso nesta fase difícil . O país precisa de uma oposição crítica mas responsável e séria. O populismo balofo já foi chão que deu uvas. É ele o responsável pelo exacerbado índice abstencionista.

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