quarta-feira, novembro 14, 2007

Populismo: a face patológica do fenómeno.


O populismo será uma doença?! Qual a patogénese?!
Ao longo da História temos assistido a casos aberrantes em que políticos inicialmente tidos por democratas (e grangeando votos em catadupa), degeneram a passam a assumir comportamentos de um hegemonismo patológico, muito embora sempre camuflados por motivações altruístas.
É o presidente de câmara que quer dominar todas as freguesias custe o que custar. É o líder regional que visa ser presidente de República, é o presidente de República que quer dominar o espaço continental onde está inserido.
Aqui chegados analisemos o comportamento de Hugo Chavez à luz de uma clarividência e de um realismo desprovidos de conotações ideológicas. Ele assume-se como herdeiro de Fidel na luta contra o americanismo exacerbado de Bush; só por isso grangeou muita simpatia pois Bush meteu os americanos num atoleiro diabólico e a reputação dele e das suas forças armadas caíram a pique. Está com a cotação a níveis baixíssimos...
Mas agora a degenerescência deste populismo ( de Hugo Chavez) é óbvia: quer contornar obstáculos burocráticos para se eternizar no poder, estilo monarca; assume posturas de um protagonismo excessivo com intuitos provocatórios para colher dividendos mediáticos; visa um notório espírito de hegemonismo pan-americano sob a capa da autoproclamada herança castrista. É uma nova forma de messianismo com ingredientes multifacetados...
O gérmen do nazismo anda no ar. Os seus amplexos ao líder igualmente populista-fundamentalista como é o do Irão, não são bom augúrio para a humanidade. Estes dois pólos são altamente incandescentes. Aqui há um notório caldo de cultura belicista muito embora sob uma roupagem de vitimização (face aos excessos também óbvios do bushismo...) que deixam vislumbrar certa preocupação por capítulos futuros...
O mundo precisa de se cuidar. Há fenómenos que logo in ovo devem ser denunciados e combatidos com a necessária clarividência. Os hitlers (grandes ou pequenos) têm na sua génese muita aparente legitimidade que serve de capa ao seu modus operandi. Há que estar atento e seguir estas duas personagens como os astrónomos seguem os meteoros cujá órbita gravitacional poderá dar azo a colisão com o planeta. A similitude é óbvia...

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