quinta-feira, julho 31, 2008

Um discurso diferente...

Portuguesas e portugueses:

Hoje em dia o pessimismo atinge índices preocupantes na sociedade portuguesa. Será legítimo ou injustificado? Será fruto de circunstancialismos incontroláveis, ou terá motivações psíquicas ? Será consequência de erros nossos ou de má fortuna?

Devemos perguntar a nós próprios o que podemos fazer pelo país, em vez de perguntar ao país o que pode fazer por nós!

Eu próprio, pergunto se não terei a minha quota-parte nesse pessimismo. Os jovens estão tão divorciados da política, porquê?

Amiudadas vezes tenho falado nessa erva daninha que se instalou na seara democrática e que gera tantos prejuízos e injustiças sociais: a corrupção.

O que tem sido feito para a combater com eficácia? Praticamente nada. Continua «tudo como dantes quartel general em Abrantes». Algumas vozes queixam-se desse laxismo no combate à corrupção. Os destinatários alegam que não recebem lições de cidadania de ninguém.

Será autismo? Será arrogância? Será a convicção de que o PR abençoará ad aeternum a sua conduta?

O país precisa de respostas. Com urgência.

Deve haver respeito inter-poderes, mas também uma interacção permanente entre eles. Ninguém se deve queixar por receber sugestões ou alvitres sobre actuações para resolução de impasses.

O senhor PGR alertou (e muito bem) para graves implicações (com hipotéticas prescrições de crimes graves) na esfera criminal pelo facto de certos prazos de investigação continuarem reduzidos. É sabido que o garantismo (em termos de direitos e liberdades) não deve ser tão forte que degenere em capitulacionismo no combate às fraudes e ilegalidades graves. Deve haver uma concatenação perfeita entre os poderes (legislativo, executivo e judicial) por forma a que o regular funcionamento das instituições democráticas seja efectivo.

É preciso que as leis sejam coercitivas e não mero objecto decorativo ou estendal de piedosas intenções. Delas, diz o povo com a sua ancestral sabedoria, está o inferno cheio...

Portuguesas e portugueses:

Estamos já há demasiado tempo à espera. Quem espera, diz também a sabedoria popular, desespera...

Ora, ao contemplarmos a cada vez mais gritante desigualdade na distribuição de rendimentos, ao vermos sinais exteriores de riqueza em certos segmentos da população e evidentes sinais de pobreza na grande maioria, é urgente perguntar: até quando isto irá acontecer? Até quando o plano inclinado se irá manter? Quando começam a surgir no horizonte medidas concretas visando o estancar desta corrupção galopante que a todos prejudica (exceptuando a minoria de privilegiados que dela extraem todas as mordomias) e vai colocando Portugal na cauda do pelotão europeu?

Não posso fazer como Pilatos nem continuar a assistir impávido e sereno a este laxismo (cúmplice?) da parte de quem conduz os destinos governamentais. Daí que este meu discurso já não seja uma «lição», nem uma «sugestão» (visto o destinatário não aceitar essas bizantinices...), é, isso sim, um ultimato!

E faço-o em nome daquela maioria de cidadãos que vivem em dificuldades, que pagam impostos para alimentar megalomanias e obras faraónicas cuja premência é duvidosa, faço-o em nome de todas as portuguesas e de todos os portugueses que se encontram abaixo do limiar de pobreza e sem que se possa vislumbrar uma melhoria a curto prazo, dadas as circunstâncias actuais.

Assim, declaro-o solenemente, ou este governo dá provas de boa fé e de seriedade política, dando andamento a projectos de credibilização e de moralização da vida pública, ou então terei que ponderar outros cenários!


NOTA FINAL: Isto é ficção pura e dura!

Antes não fosse!

quarta-feira, julho 30, 2008

Beleza cigana...


«Não, não sou cigana, mas neste contexto de conflitualidades desnecessárias, aceito ser embaixadora da paz, aceito o epíteto «cigana» com orgulho, num país plural, democrático e com saudável multiculturalismo e convivência racial, todos somos irmãos, temos que dar as mãos pela causa mais sublime que é a harmonia social!»
Olhos negros, doce-amora
ar felino, que escultura!,
ridente raiar d'aurora
sorriso feito ternura,
saia comprida, a preceito,
perna longa e torneada,
dois morangos lá no peito,
coisa só imaginada,
tua aura de mistério
teu halo de virgem pura
é sedativo, é cautério,
é salvação, é a cura,
de tanta agressividade
que anda aí ao deus-dará
tua feminilidade
é fermento, é maná,
é só classe, e da mais pura,
te nomeio embaixadora
do glamour e da cultura
ó cigana redentora!

O sol sorrindo, sorrindo...


No teu rosto tão moreno
de uma ternura sem fim
tens o perfume do feno
o cheiro do alecrim.
Teu cabelo de cetim
solto ao vento, tão liberto,
parece sorrir pra mim
pede carícias... decerto...
Quando o sol vai derramando
sua volúpia dourada
na alma vai penetrando
ficas mais ensolarada!
Na praia, sentado na areia,
e uma brisa tão fresquinha
o meu coração anseia
por ter-te sempre à beirinha...
E quando o sol se vai pondo
ficamos a vê-lo indo
tão vermelho, tão redondo
pra nós... sorrindo... sorrindo...

O meu epitáfio...


«Homem que é macho a sério, nem depois de morto há quem lhe tire as fêmeas da mente!»

Equilíbrio de poderes...


«Nós os três estamos em perfeito equilíbrio e respeitamo-nos mutuamente. Somos o «Executivo», o«Legislativo» e o «Judicial». Para manter a linha (e o equilíbrio orçamental) só comemos queijo marca «Zé Povinho»!

terça-feira, julho 29, 2008

Portugal, pasto de vacas sagradas?!

Em Portugal, em todo o lado, meu caro. Em tempo de crise ser vaca é que está a dar!

País de vacas sagradas

Pastagens em profusão:

Exigem ser cultuadas

E sempre «A Bem da Nação!»

É vê-las nos tribunais

Nas câmaras, em São Bento,

É vê-las nos hospitais

Há tantas no... Parlamento.

Algumas são vacas... «frias»

Outras, são «quentes» demais

Nos prados de mordomias

Julgam-se vacas-vestais.

De pureza imaculada

E Virgens!!!... a gente aposta!!!

Sua postura é sagrada

Mesmo a... sacrossanta bosta!

É vê-las no futebol

Sem máculas, impolutas,

Multicores, vasto rol,

Cagando para as escutas!...

Protegem-se mutuamente:

Vemos vacas nos jornais,

Mercenárias, obviamente,

Enxofrando nos tribunais.

As vacas são solidárias

Pastam também na TV

Movem acções ordinárias

A quem nelas... já não crê!

Num país avacalhado

Há tanta vaca e vaquinha

Julgam ser gado sagrado

Mas «sacro» só têm... na espinha!


Que vaca será?!

As vacas Situação & Corrupção interrogando-se sobre a alfinetada do Chão da Lagoa...

Corrupção: __ Será que ele quando falou em «vaca» se referia a ti?
Situação: __ A mim claro que não. Deve ser a uma nova de que falam muito agora por causa do possível abortar da Operação Furacão...
Corrupção: __ Deve ser a Vaca Prescrição!...

Fado do grosso...


«O grosso anda tão grosso que qualquer dia cai abaixo dos elefantes brancos que criou... Apanha cada piela que mais parece um barril»
Gostava de ter a perícia do Quim Barreiros para dar mais alegria ao povo, pois em tempo de crise a boa disposição faz falta. Imaginemos então o famoso Quim de Vila Praia de Âncora, a cantar este fadinho improvisado homenageando aquela figura típica que canta e encanta todos os cubanos do cont'nente!
Esta asnocracia pura
Vai de tasquinha em tasquinha
Caça tolos com fartura
É piela tão certinha!
Já no estertor da agonia
Só lhe falta a extrema-unção;
Má criação eu diria,
Tem demais, farta ração.
Chá não tomou certamente
Em pequenino, o histrião;
É verbal-incontinente
Por causa do... carrascão!
A taxa de alcoolemia
Vai subindo velozmente
O linguajar sentencia
Óbvio colapso da mente!
De tanto beber ficou
Com as velas encharcadas
Os fusíveis lá queimou
Multiplicam-se as... estradas!...
Ele anda grosso, sabemos,
O verbal-incontinente;
Curá-lo, já não podemos
A piela é permanente!

Jaime, o latrinário...

In illo tempore andava de jumento a vender latrinas lá na Pérola, agora, feito jumento, zurra e faz ameaças. Enxofra-se sobremaneira e dá coices mediáticos com a volúpia de uma alimária no cio. Julga-se o dono da Pérola, dando-se ares de querer fazer acções de despejo, tão habituado que ficou de despejar latrinas e similares...

O país ri a bandeiras despregadas, tal a pesporrência da acéfala criatura, desprovida de um resquício de civismo, denotando uma acrimónia própria dos imbecis arvorados em quintessência, fina-flor do entulho com pretensão a condottieri...

E o país ri porque nunca se vira tal lá na Pérola onde se pensava que Bokassa só havia um, o vaca sagrada e mais nenhum!...

Afinal, nesta era de globalização e de concorrência infrene, há um feroz concorrente lá na Pérola:
o latrinário quer destronar o dromedário!!!... Deus lhes ponha a mão por baixo...

domingo, julho 27, 2008

Napoleão Bonaparte, lui même!

R. de B. - Então como se tem sentido do estômago ultimamente?
N.B.- Meu caro Rouxinol, agradeço o teu contacto e a oportunidade que me dás para corrigir a História. Quanto ao meu estômago, agora anda lindamente, nunca mais me deu dores de cabeça... nem de barriga...
R.B.- Que mensagem quer transmitir ao mundo actual?
N.B. - Em primeiro lugar que se cuidem com os Napoleões que por aí pululam. Agora que deixei o meu corpo físico é que aprendi a essência das coisas. Aquela mania das grandezas, o desejo de ficar na História foi a minha perdição, a minha doença...
R.B.- Não será autoestima em baixo? O senhor, um grande imperador, a recriminar-se?
N.B.- A História há-de registar muitos mais casos de patologias semelhantes à minha, infelizmente. Tudo começa na escola. A gente quer ser líder, quer afirmar-se, quer impôr-se aos outros , e depois, vai por aí fora atropelando tudo e todos, enfim, uma catástrofe completa...
R.B.- É essa a ideia que faz de si?
N.B.- De mim e de todos os loucos que andam a enxamear este mundo terreno. Veja agora o Bin Laden, o Robert Mugabe, pessoas completamente alienadas, afirmando-se e impondo-se pela força das armas e de loucuras colectivas, enfim, autênticas pandemias «A la Napoleon»!...
R.B.- Mas considera-se um louco?
N.B.- Louco e perigoso. Eu fui um demente em elevada escala. Servi-me de um povo corajoso, bom e pacífico para impôr um belicismo patológico, uma megalomania dementada, um expansionismo completamente descabido. Quis ficar na História como um conquistador, um líder incontestado, mas fui apenas um ditador violento, um congregador de vontades que moldei à minha imagem exacerbada, juntei «pequenos napoleões» dizendo-lhes que iriam ficar na História, que todos os familiares e conterrâneos se orgulhariam deles para todo o sempre, enfim aquelas patetices que dizem agora os treinadores de futebol antes das grandes provas europeias ou mundiais e que levam os atletas a comerem a relva, como se diz na gíria... aliás há quem considere o desporto como um sucedâneo (positivo) da guerra, servindo para esbater conflitualidades e exacerbamentos chauvinistas. Uma espécie de metadona para com a heroína!
R.B.- Acha-se como se fosse um treinador de atletas militares?
N.B.- Eu fui de tudo um pouco: arquitecto de grandes ideias, engenheiro de batalhas gloriosas, motivador de almas, galvanizador de projectos, mentor de crimes hediondos até, de sanguinárias pilhagens e de violações sistemáticas aos direitos dos povos.
R.B.- Está numa de arrependido?
N.B.- Agora, pairando acima dos humanos, vendo os seus defeitos, contemplando as mentes reinantes à face da Terra, eu, olhando para o meu passado, posso fazer um juízo de valor mais objectivo e mais fundamentado. Tenho a sabedoria que então me faltava. Sou um mestre na arte de pensar. Sou a sabedoria no seu estado mais puro... O tempo, esse divino professor, ensinou-me tanto... Está na hora de transmitir essa sabedoria aos viventes!
R.B.- Posso dizer que não tem orgulho no que fez?
N.B.- Claro que não tenho orgulho em ter lançado para a morte tantos inocentes para saciar a minha megalomania! Guerras e mais guerras para mostrar que era o maior do universo, o mais temido, o mais poderoso? Eu fui para todos os efeitos um génio do mal, uma pessoa alienada e obcecada com a glória, com a imortalidade, com o poder pelo poder... Não tenho orgulho nisso.
R.B.- Revê-se nalguém em particular em Portugal no momento presente?
N.B.- Seria falta de humanidade esconder essa realidade e não a divulgar. A minha doença está estampada no rosto de alguns, sem dúvidas. Olhe para o Jardim, da Madeira, veja aquele ar obstinado, sempre a clamar razão, sempre dizendo-se vítima disto e daquilo: o «sistema», «Lisboa», as «máfias»... O homem usa este estratagema para transmitir aos subordinados a seguinte mensagem: "Os ódios e os perigos que se abatem sobre nós são tantos, que sem mim, vós perecereis. Sem mim, será o dilúvio, o caos! Daí a imperiosidade da minha permanência no poder para vos defender dos malefícios dos «cubanos do continente», dos «ladrões da autonomia»... eu sou Deus, sou o escudo invisível, sou o Divino Salvador
Depois, aquela obsessão de se colar ao poder até à morte, é típica dos que têm a minha doença em grau extremo. Julgam-se (como eu honestamente me julgava também...) imprescindíveis, eleitos por Deus, pessoas com o destino traçado para serem líderes, enfim, «vacas sagradas» no pior sentido do termo. Já fui uma «vaca sagrada» e sei o quão ridículo isso é... Quero iluminar os que estão no exercício do poder para a caricatura que representam!
R.B.- Mas em termos clínicos a sua doença já está diagnosticada ou não?
N.B. - É claro que se Jardim entrasse no consultório de um psiquiatra com um chapéu como o que eu usava, mesmo sem dizer nada, só olhando para o seu aspecto, o médico mandava-o internar para sempre. Contudo, essas pessoas disfarçam lindamente: começam por chamar «loucos» aos outros para que ninguém repare na sua profunda alienação, desviam a atenção da sua patologia com obras, obras, obras, como que a dizerem «se eu fosse louco nunca faria estas obras todas, os loucos nada fazem!», esquecendo que as obras são feitas por tanta gente que a sua quota-parte é ínfima, limitam-se a inauguar e pouco mais... Estas patologias «napoleónicas» empurram-nos para obras «faraónicas» às vezes só para encher o olho e sem grande alcance prático para as populações... Tudo manobras de diversão para ocultar a tal patologia...
R.B.- Mas em Portugal, com a sua doença, há mais gente?
N.B.- Tantos, meu caro Rouxinol, que gastaria os dedos das mãos e dos pés para os enumerar a todos. Eles andam por aí, todos os dias a imporem o seu já saturado e fastidioso rosto numa comunicação social abjecta que passa a vida a endeusá-los, esquecendo o povo. Eles andam em bicos de pés nas inaugurações, nas feiras, nos eventos mais díspares, às vezes feitos à medida dos seus caprichos e não das necessidades reais das populações. Esses napoleões são a grande praga de Portugal no momento, não querem admitir a rotatividade nos cargos, agarram-se aos tachos como lapas às rochas, passam a vida a coleccionar cargos aqui e ali para depois os exibirem como «curriculum» em actos eleitorais que mais não são que passadeiras vermelhas onde circula, cheio de prosápia, o ego idiota dessas criaturas insaciáveis... Essa ânsia patológica de rechearem os «curriculuns» faz lembrar Estaline e seus sequazes com o peito repleto de medalhas e a alma cheia de crimes hediondos! Querem poder, mais poder, mais poder, para o exibirem, o ostentarem, se banquetearem com ele até à morte. Incapazes de um gesto de humildade, incapazes de darem oportunidade aos jovens, aos que nunca tiveram oportunidade de executarem obras com os dinheiros públicos, acusam-nos de «nada fazerem», de serem «parasitas», «incapazes», etc, etc. Isto passa-se em todos os quadrantes, desde a Esquerda até à Direita. Há «jardins» para todos os quadrantes ideológicos neste Portugal de hoje. Enfim, sinto que a minha doença se perpetuou e ganhou foros de pandemia... Portugal é um pasto gigantesco de vacas sagradas desde patamares culturais, jornalísticos, desportivos e políticos que nem sei que lhe diga, Rouxinol! Devia haver mais rouxinóis e menos vacas!...

R.B.- Estou estupefacto, meu caro imperador. Nunca esperei tal coisa. Que mensagem quer deixar a esses doentes? Será que são curáveis?!

N.B.- Que leiam e releiam as minhas palavras. Que meditem nas suas capacidades intrínsecas e façam este raciocínio: «Será que o abuso no pedestal do poder nos vai marcar perante os vindouros? Será que iremos ficar na História como imperadores, caudilhos e não como democratas, homens do povo? Será que temos capacidade realizadora fora do comum, ou é o dinheiro público que está na base das obras? Será que estamos a chamar a nós capacidades e méritos que mais não são do que esforço colectivo, sacrifício da colectividade, fruto do erário público?»

Então, depois de meditarem, talvez não queiram continuar a assumir o odioso de serem «napoleão», «imperador»,«vaca sagrada», «lapa na rocha»... Mas a doença é terrível, ninguém contaminado por ela, é capaz de admitir possuí-la. Esse é o grande mal! Essa é a grande perdição da humanidade!

«NOTRE DAME» DE PARIS...



«Nous irons tous au paradis! Le ciel de France: Paris!»





La France entière chante:
Liberté c'est au pouvoir!
Carla Bruni nous enchante
La nudité au miroir!



Magnifique «Notre Dame»
Miracle de la chanson
Tout le peuple, heureux t'aclame
Mais Dieu... peut-être non...



Paris, le ciel de France
Où se trouve les étoiles
Aclame ta perfomance
Oubliant tous les scandales.



L'Amour c'est aussi «Dieu»
La Liberté, la «Déesse»
Chacun de nous a un peu
La Bruni... comme «Princesse»!

sábado, julho 26, 2008

Lobo Antunes- Prémio Camões



L.A. - Meu caro Rouxinol, sem falsas modéstias, já há muito que merecia o prémio Camões. Tenho feito por isso, divulgando a língua portuguesa urbi et orbi. Sou porventura o melhor escritor português da actualidade, tenho que manifestar algum regozijo, por questão de carácter, mas não sou hipócrita. Mereci este galardão. Poucos como eu o mereceram. Talvez a seguir venha aí o Nobel. Já vi muito piores que eu serem galardoados...
R.de B. - Justíssimo, meu caro. Sem hipocrisias, nesta alcateia lusíada, há poucos a uivarem com tanta mestria, tanta frontalidade, tanto fulgor. Veio tarde, mas mais vale tarde que nunca! Estou a imaginar o riso amarelo dos «cus de judas» que embirram consigo por causa da sua frontalidade e do seu amor à causa das Letras. O comité Nobel deve andar distraído, talvez precise de uma task force como aquela que foi feita no tempo de Saramago (Soares confessou-o) e tanto resultado deu! O marketing é quem mais ordena!

L.A.- Quem sabe?!
R.B. - Este ano de 2008 o contemplado - João Ubaldo Ribeiro - é digno do prémio Camões?
L.A.- Muito embora houvesse outros dignos do galardão, acho que está bem entregue. Apetece-me dizer:«viva o povo Brasileiro!»
R. de B. - Outros eventualmente contempláveis?
L.A. - Ele há tantos que, seria ferir susceptibilidades estar a citar algum dentre a vasta gama de possíveis candidatos. Felizmente a crise é de abundância...

Novas ideias... novas mentes!...


In Kaferoceiro.blogspot.com


A língua portuguesa!...


A língua é passaporte inesgotável
Ultrapassa fronteiras, universos,
Paira qual atmosfera interminável
Capaz de unir os povos mais diversos.
Cimento que aglutina raças, povos,
Congrega corações; liga e entretece
As velhas tradições, anseios novos
E o sol-fraternidade tudo aquece.

Sempre à boleia!...

Eis aqui, mostrando toda a sua perícia de equilibrista, o rato populista montando a ingenuidade popular...

Nem tudo vale a pena... depende do comprimento da arena...

Hoje, lá no restaurante dos aficcionados, em vez de testículo de touro vai saír testículo de toureiro!...

Acordo ortográfico... transparência, precisa-se!

As línguas são roupagens dos sentimentos. Mas falar pode ser meio caminho para ocultar esses sentimentos, ou seja, pode ser um atentado à transparência total!...
A tentação da cegueira é o mal das ditaduras: nos regimes, nas modas, até nas línguas...
Tudo se pode comparar, a língua portuguesa é tão rica que tem adjectivos suficientemente elucidativos para catalogar tudo: sentimentos, momentos, intensidades, aromas, fisionomias, estados de alma; enfim, ela vale a pena, pois sua alma não é pequena!...

sexta-feira, julho 25, 2008

Questões de «talento»...

«Diz-me lá tu, Rouxinol, que é preciso fazer para mostrar que tenho talento? Será que tenho que seguir as pisadas do Dr Vale e Azevedo?! Esse sim, tem talento às carradas!...»

«Ai quem me dera ter o talento de tantas que fazem furor graças a um pouquinho de silicone injectado nos sítios certos!»

Um olhar diferente!...


«Vocês riem-se?! Se alguns políticos olhassem para trás e vissem a merda que fazem, o país estaria muito melhor!»

Parabéns!








«Obrigada pelo teu convite, que me sensibilizou bastante _ tu sabes ser simpático como poucos, não és como o Bush que nem me fez um telefonema!_ as rosas vermelhas estavam maravilhosas, mas não posso estar presente aí em Portugal. Acabo de ouvir, na CNN ,que uma praga de «legionella» alastrou para esses lados (o vírus está alojado no jacuzzi da Varzim-Lazer, salvo erro), pelo que o meu agente me proibiu a deslocação. Este vírus ainda é pior do que o outro de que me falaste: o vírus da corrupção!»




«Contudo, estou totalmente disponível para ir à praça de touros da Póvoa de Varzim, em pleno Agosto, tourear o tal «bicho» de que me falaste... Eu e uma amiga já andámos a treinar com afinco para aparecermos em grande forma, em pleno mês de Agosto, aí na praça de touros da Póvoa de Varzim, o «touro» que se cuide!»




«Hoje, dia 24 de Julho, faço anos e não vou treinar, mas não passo um dia sem que me exercite nessa nobre arte que estou certa vai entusiasmar todos os bons admiradores da arte da tauromaquia. Festa brava sim, com touro assim, nunca se viu! as toureiras esculturais e cheias de genica, então, vão mostrar quão belo é este espectáculo sem necessidade de fazer sangue a bichinhos tão adoráveis como são esses da lezíria ribatejana!»


«O mundo chorará de riso e de entusiasmo com o nosso número!!!»



«Aí te envio a foto da minha amiga e eu, em trajos desportivos, protinhas para dar «baile» ao Minotauro da Póvoa de Varzim!!! Ele que não pense em fugir para os subterrâneos da Av. Mouzinho de Albuquerque pois até aí o obrigaremos a dar à perna!...»




«Daqui , de Miami Beach, um beijão para todos os portugueses e para todos os amantes da arte de tourear... Ai como Ernest Hemingway se deliciaria a ver um espectáculo desta plasticidade e deste calibre tão empolgante! Ai como o nosso espectáculo inaugurará uma nova forma de tourear, sem sangue, sem malfeitorias a animais indefesos! As cow-girls da América são mesmo firmes e hirtas!»



um ósculo do tamanho do Atlântico
da
jennifer lopez















quinta-feira, julho 24, 2008

Passagem de testemunho...

«Hugo Chavez, meu filho!»
És o meu filho dilecto
Meu herdeiro universal
Flor no jardim do afecto
És aroma filial.
Divulga a minha mensagem
Faz também a difusão
De Cuba, da minha imagem
Da nossa Revolução.
Enfrenta o bushismo fero
Que semeia o sangue e a morte;
Ama o povo!, isso eu quero,
Traça-lhe um rumo e um norte!
Combate o imperialismo
Com vontade e com ardor
Mas... evita o caudilhismo
Não sejas... imperador!...
Não te cales, não te cales!
Por que tens toda a razão
Não te rales, não te rales
Porque... outros se calarão!...

Laissez chanter le vent!...





«Moi, un café Delta?! Pas mal...»

«Merci Rouxinol, le soleil, la lune, les fleurs, la mer, les enfants, les amants...

et café «delta»... sont PORTUGAL

Laissez chanter le vent

Laissez chanter le soleil

La lune aussi chantant

Merveille des merveilles!...

Salope non!, jamais!

Tu es femme fidèle

Très globale ... je sais,

Une enfant très femmele!

Laissez chanter le vent

Il siffle sur les eaux

Il touche les amants

Il agit les drapeaux!...

Salope non!, jamais!

Tu es l'arc-en-ciel!

Hirondelle tu es,

Très douce, très femmele!...

Laissez chanter le vent

Laissez parler les fleurs

Les étoiles du jardin

Aspirons... les odeurs!...

Salope non!, jamais!

Un café chaud, delta!

Un café fort, tu es

La femme-parfum, voilá!

Laissez chanter le vent

La pluie, les oiseaux,

Il faut naitre printemps

Tuer l'hiver, il faut!...

N.F.: Le Portugal et La France... L'honneur et la liberté... un mariage parfait!

terça-feira, julho 22, 2008

A Gala das Primeiras-Damas! Olympia de Paris!


«Eu, uma nova Amália Rodrigues? Não, não serei tão perfeita mas faço o melhor para deixar Portugal no topo!»



Carla Bruni deu o pontapé de saída. Dizia-se que o seu disco era o melhor que alguma primeira-dama havia feito. Era uma forma de a depreciar. Nenhuma primeira-dama havia cantado antes.

Mas Carla Bruni quis saber a verdade. Vai daí organizou uma gala para a Cruz Vermelha, em que as intervenientes eram as primeiras-damas!... Foi no Olympia de Paris!

Maria Cavaco Silva não se fez rogada. Representou lindamente o nosso país sem ter necessidade de recorrer a apologia da droga ou do cigarro. Subiu ao Podium sob uma chuva de aplausos! A terminar os «encore» repetiam-se interminavelmente! Foi o auge, nunca Portugal havia dado tão boa conta de si!

Rouxinol de Bernardim (autor da letra...) revela em primeira mão o brilharete da nossa primeira dama.

À saída do Olympia dizia-se em surdina: «É a nova Amália Rodrigues!!!»






Meu homem és o meu sonho
És a meta, és o golo,
És um licor de medronho
És cereja no meu bolo!



Foste atleta de eleição
Na bancada te aplaudi
À meta do coração
Foste o primeiro!... eu o senti!...



Oh! minha amora agridoce
Fruto da «Silva» campestre
Comer-te... é como se fosse
Ganhar... corrida pedestre!...



Na caminhada da vida
Sou teu doping preferido
Amante sempre rendida
Ao teu encanto... querido!


No campo, na praia, eu sei
Que tu és .... o «especial»
Fruto dilecto, direi,
Com sabor a... PORTUGAL!!!


Nota: Cai o pano e abandeira portuguesa cobre a artista sob uma chuva de aplausos!!!

segunda-feira, julho 21, 2008

A queda do cristianismo!



«Tem cuidado, Rouxinol, o padre Francisco Costa não foi um paradigma moral por excelência.Há que pôr travão a certas generalizações. A hipertrofia da igreja muçulmana, usando métodos bárbaros (a morte para quem ousar abandoná-la) e graças a uma taxa de natalidade altíssima é algo a ponderar, sobretudo na tal magna-carta que supervisionará a união europeia. Há que salvaguardar as raízes cristãs dos europeus. Senão, os frutos serão pouco abonatórios. Penso eu de que...»









Em recente Congresso de Sábios foi constatada a previsível queda (em número de crentes) da Igreja Católica e a subida em espiral da igreja muçulmana, devido a questões de natalidade.

É óbvio que já não temos entre nós o famoso padre Francisco Costa, de Trancoso, que passou à história com o cognome de o Povoador, progenitor de 299 filhos, um procriador nato que ajudou Deus na Sua árdua tarefa de lançar almas para o planeta...

Ora a Europa caminha a passos largos para uma colonização muçulmana em larga escala. Agora não é com a cimitarra, nem com canhões, apenas com o instinto procriador! Depois virão os votos e as vitórias eleitorais. Seguir-se-ão as conquistas de autarquias, de governos, de nações!

O futuro está aí à porta com mais celeridade do que se imagina! Dentro de poucos anos a nossa autarquia poderá ser liderada por um seguidor de Alá, o nosso governo poderá ter uma ministra com burka ou véu islâmico a mostrar ao mundo a força dos seguidores de Maomé!

O presidente Cavaco Silva, nas suas bem elaboradas arengas à nação tem falado no pessimismo, essa erva-daninha causadora de todos os males! A baixa taxa de natalidade é uma dessas ervas! há que ter cuidado pois o futuro está aí ao virar da esquina!

Nesse Congresso de Sábios (onde Rouxinol de Bernardim foi uma das presenças lusitanas...) falou-se na Revolução Demográfica que já está em marcha. Há que adoptar posturas defensivas com urgência!

Era bom que órgãos como o Conselho de Estado (e a Comunidade de Santo Egídio) se reunissem e atentassem nesta nova realidade! O Tratado de Lisboa nada fala sobre esta probabilidade, não trata deste assunto-mor da Revolução Demográfica e é pena, pois é o assunto mais marcante na Europa e no mundo nos tempos vindouros!

Enfim, a união europeia tem que abrir os olhos e pensar em estratégias de combate a este flagelo. A colonização por uma outra cultura com princípios e filosofias tão pouco conformes à nossa filosofia libertária e à nossa idiossincrasia ecuménica, é um perigo real!

Rememorar o saudoso padre Francisco Costa e o que ele simboliza na hora presente é um imperativo nacional, uma opção de cidadania a ter em conta. Estão em causa os valores da chamada civilização ocidental (por mais heterogéneos que sejam esses valores...), está em causa a sacrossanta liberdade de expressão, está em causa o Estado laico, está em xeque a nossa matriz sociocultural!

Doutor Durão Barroso, se ainda não foi capaz de interiorizar esta problemática, então só tem um caminho a seguir: demita-se!

Na Rússia querem canonizar Estaline!









Candidatos ao altar? E por que não?!
Eles já estão no altar-mor chamado ingenuidade popular!...

Enfim, já é deles o «reino dos céus»!












Nem deu para acreditar, mas é verdade! José Milhazes, conhecido jornalista, dá conta do ridículo! Está no seu blog: http://publico/darussia.pt

Imagine-se aqui em Portugal, daqui a uns anos, pensarem na canonização de Valentim Loureiro, esse «homem-bom», sempre tão «perseguido» por jornalistas mal-intencionados, por magistrados com «sanha persecutória», enfim, um «mártir»na plena acepção do termo!

Imagine-se que o conhecido Zézé Camarinha também ia para o altar? Sim, essa criatura símbolo do macho latino, que segue o lema: «faz sempre o bem e não digas com quem!», capaz de tudo para fomentar o turismo, para captar investimento estrangeiro, um homem mediático, um Casanova português que tinha legiões de adeptas urbi et orbi, capaz de ombrear em popularidade com um Elvis Presley.... Estou imaginando uma estátua no Algarve em que ele apareça (qual Eça de Queiroz com a Verdade nua e crua nos braços...) com uma fogosa inglesa , ofertando-lhe os generosos e suculentos seios desnudos, mendigando carícias ternurentas!...
E ele, respeitoso e galanteador, não deixando os seus créditos por mãos alheias!...

Seria um cartaz turístico inolvidável! Uma espécie de Cristiano Ronaldo ... das praias!

E então Avelino Ferreira Torres, um homem tão temente a Deus, tão vilipendiado pelos homens, um cidadão acima de qualquer suspeita, também vítima de calúnias e de intrigas por energúmenos e de invejosos ressabiados? Um mártir da justiça terrena...

Estou a vislumbrar lá nas brumas do futuro, uma linda estátua, deste ícone local, lá no Marco de Canaveses Ele, equipado a rigor com o equipamento do Marco F.C., dando um pontapé nas cadeiras do estádio, querendo simbolizar com esse gesto libertador, a revolta contra os centralismos de Lisboa; uma espécie de «messias» do norte, capaz de capitanear um rebanho de pacóvios contra os elitistas e sulistas...

Enfim, isto de «santos» tem muito que se lhe diga. A I.C. já mandou retirar do altar muitos, pois não havia registo de qualquer entidade física que justificasse tal epíteto. As pessoas tendem a «sublimar» determinadas personagens, retirando-lhes todos os defeitos e cumulando-as de todas as virtualidades possíveis e imaginárias, criando-se auréolas artificiais que vão aumentando de «popularidade» com o decorrer do tempo, tudo dependendo do número de devotos... e até de «milagres». Passa-se o mesmo com as pessoas apaixonadas: a chama da paixão cega-as e não deixa ver defeitos, só virtudes! Veja-se a chama que cegou Pinto da Costa!
Um homem aparentemente tão lúcido e frio...

Estaline, com todos os crimes cometidos, todas as perseguições provadas ao longo de muitos anos, consegue captar as atenções até da própria Igreja Ortodoxa (quiçá também comprometida com esse período tenebroso...) a ponto de se pensar em colocá-lo no altar, o que dizer de tudo isto?

Muitos santos foram-no por causa de um martírio, de algum facto fora do comum que deu azo a perpetuação da imagem através dos tempos. Muitos santos foram criminosos ou devassos em elevado quilate, antes de o serem, isso também é verdade.

Quem sabe se daqui a muitos anos, ao analisarem o passado imaculado, a sua tenaz defesa dos valores da liberdade e da causa dos oprimidos, dos desvalidos da sorte e do poder, dos descamisados de todos os quadrantes, sofrendo com isso ataques miseráveis, perseguições da justiça, ataques à sua honra e bom nome, ostracizações de toda a ordem (religiosa, política e social), o futuro não colocará nos altares o Santo de nome Rouxinol de Bernardim?

São Paulo antes da estrada de Damasco não foi um grande pecador? Santo Agostinho famoso doutor da igreja, não foi um devasso e um grande libidinoso? E o Santo Condestável, não era um criminoso que passava a fio de espada tudo o que lhe cheirasse a sarraceno? E D. Dinis não casou com uma mocinha tão novinha (à luz dos parâmetros actuais seria um acto de pedofilia...) que viria a ser Santa Isabel, a do milagre das rosas?

Deus é grande e nós somos tão pequeninos, temos uma noção tão pobre da dimensão universal!

domingo, julho 20, 2008

De pequenina se começa a amar os animais...

A poesia rima com Sofia...



O «pipocas» e a «pretinha»
são meus amigos leais
brincam na minha casinha
nem sei de qual gosto mais


quando chego da escolinha
parecem sorrir para mim
dou-lhes sempre uma festinha
e ficam melhor assim.

Sofia M.A.

O Esplendor da liberdade!

«Somos um casal livre e liberto sujeito a todas as vicissitudes. Àqueles que chamam salope à minha Carla Bruni direi apenas que são a escumalha, as teias de aranha da nação. Há retrógrados em todos os países, há gente mal formada, gente estúpida e imbecilizada em todo o mundo!..»

Carla canta e encanta. Agora foi o máximo. Ao chamar a minha droga, a minha cocaína ao marido, ela fez disparar certos bastidores: uns elogiam a juventude, a irreverência, o seu charme sem tabus, outros, pelo contrário, procuram enxovalhar a primeira dama. Arma de arremesso indigna e destituída de argumentção. Pelo menos para a grande maioria de uma população que sempre soube dar valor à palavra liberdade. A França sempre foi a pátria da liberdade!

Nesse sentido também me associo aos que aplaudem a cantora e até faço alguma paródia com o estilo brejeiro da canção. Aqui, o próprio presidente Sarkozy também canta e exalta a sua amada!

VIVE LA FRANCE!!!

Quem canta seu mal espanta!

Carla Bruni canta e ama;

O Presidente é a manta

Que a cobre e encanta...

Droga da primeira dama!

Sarkozy é cocaína

O seu amante-cigarro

Tem o charme nicotina

Dependência de heroína

Fuma-o ... que nem um charro!

O amor é droga bendita

Um charuto inebriante

Carla Bruni acredita

Que a paixão também crepita

Labareda flamejante!...

Carla Bruni, bon liqueur

Qui tout le monde veut boire...

Mais le President, sans peur,

Boit tout l'amour de son coeur

Vrai liqueur qui veut avoir!

Cigarette Sarkozy

Carla fume, fascinée,

Et quand elle será finie

(La cigarette... non lui)

L'amour aura terminé?!

L'amour c'est combustion

Très joli, très éclatant,

Au début, que d'émotion!

Dans la termination

C'est fini, tout seulement!

Le President

Aussi chantant

Comme um gamin

Aussi charmant!...:

Carla, tu es l'heroine

Bien sur, je suis ton héros...

Tu es la France-poitrine!

Tu es une fleur, une gamine,

Tu es... du monde... un cadeau!...




Carla!, tu es ma tendresse,

Mon amour, ma liberté!

Ta figure je caresse

Hélas!, ma grande richesse

Le trésor toujours volé!!!

sábado, julho 19, 2008

Sol & Sombra...



Sempre me habituei, desde há longos anos, a ver no Senhor Juíz Luís António Noronha do Nascimento, uma figura de referência moral, um marco de cidadania, um farol de clarividência.
Se pesquisarmos o JN e formos ler declarações por ele proferidas há cerca de duas décadas, poder~se-á avaliar melhor o conteúdo deste meu intróito.

Ele, sindicalista de barba rija, verberava os próprios juízes e magistrados que, segundo ele, estavam embotados por certa «promiscuidade com o poder local». Afiançava que era preciso mudar o rumo, corrigir posturas, arregaçar as mangas e arrepiar caminho.

Era tudo menos um corporativista surdo e mudo a críticas e a reparos; era tudo menos um acomodatício zelota do «establishment»; era tudo menos um «amordaçador» da liberdade de expressão... era tudo menos um defensor do arbítrio...

Entrementes, foi eleito presidente do STJ (com 53 votos a favor, num universo de 70...). Agora, longe dos tempos da irreverência e do justo justicialismo, parece ancorado num mare nostrum de paz podre; parece assumir as vestes de um «pastor» muito apegado ao «rebanho» por muito que haja «ovelhas tresmalhadas»...

Deleito-me a folhear o JN (na biblioteca ...) onde se podem colher algumas «pérolas» de irreverência e de contestação justa ao status quo! que de irreverência, que de anti-caudilhismos, que de espírito democrático!!!

Mas, já dizia o épico, «mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...». Agora há que defender a corporação contra tudo e contra todos. Há que branquear a todo o transe a imagem que alguns (nem todos, diga-se em abono da verdade mais pura e dura...) teimam em não preservar com imaculada postura. O ex-iconoclasta, torna-se guardião do templo, o que usava o «chicote» da verbe para vergastar os menos ética e deontologicamente correctos, usa-o para verberar os que criticam a mui nobre e sempre invicta classe...

Sejamos claros!

Se vem o bastonário da Ordem dos Advogados dizer coisas feias sobre os juízes é preciso saber quem são esses juízes que «desafiam advogados para a porrada», quem são as ovelhas tremalhadas, os que pisam o risco. Não lançar veladas insinuações, mas enfrentar o «touro pelos cornos»!

Será verdade que há juízes que fazem ameaças desse jaez, quem são? quem foram as vítimas? Há testemunhas?!

Se há juízes que por causa de uns óculos fazem caír o Carmo e a Trindade, é preciso saber quem são, por que motivo têm (ou já tiveram) esse comportamento, para os ilibar (se for o caso) ou admoestar (se não houver justos motivos para tal «praxis»...). É preciso retirar a cabeça da areia e saber se é verdade ou pura estultícia de algum incompetente ou ressabiado!

O povo (nós, os cidadãos comuns, utentes da justiça...) quer saber se isso é mesmo verdade ou pura atoarda de algum maledicente encartado, que só pelo facto de ter acesso aos media se permite lançar lama e opróbrio sobre membros de uma classe imaculada?

Que juízes (e advogados) não são vestais do templo romano, nem deuses do olimpo, nós sabemos; mas que usem (e abusem) do cargo para vilipendiar cidadãos no exercício da sua profissão, só por que estão numa posição subalterna, isso nenhuma democracia que se preze deve admitir. Há que actuar enquanto é tempo. Não se deixe resvalar para o precipício, para o abismo da cumplicidade... Calar é (por vezes) consentir!

Ora, como militante da democracia (sem jugo nem mordaça partidária...) venho com a devida vénia, solicitar a quem de direto uma clarificação sobre estas matérias. De duas uma: ou é verdade o que o Dr Marinho Pinto diz, e é preciso pôr cobro a tais desmandos, ou não é, e então puna-se exemplarmente quem tem a ousadia de vir por sistema ao púlpito da comunicação social fazer uma lapidação pública de alguns juízes. Não há meios-termos. Ou melhor: o meio-termo é o vício!


Doa a quem doer!

Cruzar os braços (ou lavar as mãos como Pilatos) isso é que não!

sexta-feira, julho 18, 2008

90 anos de Nelson Mandela. O pódio da História!

Nelson Mandela, aos noventa anos merece o Pódio da História!
Robert Mugabe, a vergonha e o rosto do racismo e da intolerância num Zimbawe cada vez mais minado pela fome e pela miséria...

Em tempos de apartheid foi sofrendo

Tenebrosa prisão; pagou bem caro

Ter espinha dorsal, nunca cedendo

Ao totalitarismo bronco e ignaro.

Referência moral, vem criticar

O racismo bacoco e torcionário

Deste nazi Mugabe, negro czar,

Mostrengo arqui-racista e sanguinário.

Bem e Mal, lado a lado, que diferença!

Um, rosto democrático, sem ódio!

Outro, é tirania e vil opróbrio.

Mugabe é a vergonha, é a doença,

Mandela é liberdade, é firme crença

No pluralismo!, já merece o pódio!



quinta-feira, julho 17, 2008

Criminoso na presidência!



A fome e a guerra devastam o Sudão. Em Darfur morrem às centenas. O mundo encolhe os ombros. O TPI emitiu um mandato de captura ao presidente, considerando-o culpado. Há provas do seu envolvimento na hecatombe, no genocídio. Crimes contra a humanidade!
A China e a Rússia (que para lá vão vendendo armas com fartura...) protegem o bárbaro presidente. Assim vai o mundo. Até quando?
No Zimbawe vemos o que vemos... No Sudão é isto que se patenteia aos olhos incrédulos de toda a humanidade. Para quando uma nova ordem internacional, uma reformulação da própria ONU?
DARFUR, O CALVÁRIO INTERMINÁVEL







A fome estende os braços ressequidos,
Olhos esbugalhados pedem pão,
Imploram aos poderes instituídos
O direito a viver!, à protecção!



O poder criminoso, sem limites,
Aberrante, medonho, tenebroso,
Tem a bênção da China. Apetites
Belicistas num tráfico ominoso!



O próprio presidente é um mentor
Desta vã, miserável mortandade;
T.P.I. quer prender este estupor
Protegido por vil cumplicidade.



Dois países protegem a chacina
O genocídio horrendo continua,
Vergonha mundial: Rússia e a China
Reles venalidade, nua e crua!

terça-feira, julho 15, 2008

A Corrupção defende-se! O País escuta-a rendido aos seus encantos!

«Minha querida, dou-te a nota máxima! Fazes muito bem o teu papel! que nota me dás a mim?»
«Ai, professor, para a idade, acho que um "satisfaz bastante" é justo, mais que justo!»



Hoje em dia o jornalismo anda pervertido, conspurcado, sem rei nem roque. O direito de resposta é arrancado a ferros, só recorrendo às entidades competentes. O contraditório é sagrado. Para mim e para todos os que ainda entendem o jornalismo como um sacerdócio (no bom sentido do termo, pois também há sacerdotes, que, Deus me livre...), para todos aqueles que vêem no jornalismo uma escola de virtudes o contraditório é imprescindível.

Assim, depois de criticar tanto a corrupção, por que não dar-lhe a voz?
Assim fiz. Telefonei-lhe e marquei encontro. Eis aqui, para a posteridade, a sua judiciosa e clarividente intervenção. Rendo-me à sua argúcia e ao seu fascínio...

R.B.- Que acha do Dr Marinho Pinto, da Ordem dos Advogados?
C - Olhe Rouxinol, tenho muito pouca connsideração por ele. É um louco, um tarado, um homem completamente desinserido do actual contexto. Qualquer dia ainda o irei ouvir falar de sinais exteriores de riqueza dos juizes, de promiscuidades entre juizes e autarcas, entre juizes e dirigentes desportivos, sei lá, o homem é um incontinente verbal. Ainda vai preso se continuar assim. Há coisas que não devem extravasar o âmbito restrito do pensamento. Aquela comparação à Pide/DGS é muito violenta, não acha?
R.B- Acredito que alguns agentes da Pide DGS tinham funções burocráticas sem grande pendor criminal e portanto não poderiam ter tanto poder como os juizes actuais. Eles não eram «irresponsáveis»...
C- Eu acho que o meu estatuto, a minha antiguidade na sociedade portuguesa (e mundial), é digna de respeito. Num país em que o respeito pela tradição é um imperativo moral...
R.B. Lá antiguidade tem você. Diga-me lá francamente, foi você que subornou Adão com uma maçã?.
C- É claro que fui! e fiz uma nobilíssima acção. Se não fosse esse acto ainda hoje a humanidade não existiria! Adão era um homem sem fulgor, sem virilidade, fui eu que fiz o tal clic que deu origem ao nascimento da raça humana. Deus já desesperava, pensando ter feito uma obra imperfeita! Logo o primeiro ser humano, a ser um incapaz, era demais para a auto-estima divina!... Ainda hoje estou ouvindo Deus a bater palmas depois de ter seduzido Adão! era o culminar da obra divina. Ou não teria razão?!
R.B.- Que pensa do Senhor presidente da República?
C- É uma excelente pessoa e um presidente a sério! Temos uma relação de respeito mútuo!
R.B.-Mas ele critica-a com frequência!!!
C. - Sim, sim. Mas isso é algo de litúrgico, de protocolar. Veja que ele só fala em mim nas alturas solenes, no «25 de Abril», no «5 de Outubro», enfim, ele sabe que tem que ter contenção pois caso contrário não será reeleito e ele nunca perde isso do seu horizonte mental.
R.B.- Acha que ele actua em função dos calendários eleitorais?
C - Todos os políticos conscientes e responsáveis o fazem, embora digam precisamente o contrário, está-lhes na massa do sangue! Eles dependem do voto do eleitorado, logo têm que ser eleitoralistas, senão... Sócrates fez o trabalho feio até agora, depois vai começar a abrir os cordões à bolsa... fazer umas leis Robin dos Bosques, dar umas «cenouras» aos idosos, aos jovens, aos funcionários públicos... tem que fazer pela vida. Há eleições para o ano que vem e ele também sabe disso! Fazer uma obras públicas para saciar a fome às construtoras, aos empresários do betão...
R.B. - Que acha de Sócrates e da sua governação?
C- Um político pragmático. Mente quando deve mentir e falta à verdade quando a mentira é demasiado evidente!...
R.B. - Nunca fala verdade?!
C- Olhe Rouxinol a verdade é uma palavra tão abrangente que daria para escrever um livro e nunca mais se chegaria a lado nenhum. Li o livro de um ex-secretário geral do PS francês ,Mendez France, em que ele falava muito honestamente na «Minha parte da Verdade»! Era um político sério. Sabia bem que a verdade tem mil-e-uma vertentes, depende das perspectiva. Se você estivesse na Lua veria a Terra como uma bola azul enorme mas se estivesse em Marte, a Terra teria outro visual: mais pequena, mais insignificante... Olhe Alberto João Jardim, sempre a criticar o despesismo de Lisboa, mas incapaz de ver o seu próprio. Quando se criticam os governantes por hipotecar o país e deixar encargos para gerações futuras ele, sabendo o que a casa (Madeira) gasta, sai-se com esta: «Mas as obras também são para as gerações futuras usufruírem, por que não recaír sobre essas gerações o ónus de as pagar?»
Coitado, é tão contraditório! qualquer dia desanca Sócrates com o seu despesismo, o seu Estado pesado e gastador, a sua falta de prudência! Gosto tanto de Jardim, é um génio!

R.B.- Que acha de Valentim Loureiro?
C - Outro pragmático de altíssimo quilate! Aquele homem nunca mente! Fala sempre com o coração ao pé da boca, sempre vitimizando-se, sempre a dizer que todos o perseguem, por ser leal, por ser franco, por ser puro! Merece uma estátua! Ainda o hei-de ver no palácio de Belém?
R.B.- Como presidente da República?
C.- Não, a convidar Cavaco para ser seu «testa-de-ferro» nalguma negociata... é um empreendedor nato. Consegue ter um poder concretizador absolutamente fora de série!
R.B. - Melhor do que o Eusébio?!
C.- Não, melhor que o Alves dos Reis!

Um ano de saudade: Eliana Castro!


Um voz galvanizante, uma pessoa excepcional, há um ano que nos deixou mas a sua memória perdura, como uma flor do campo que teima em se eternizar por mais que a arranquem. Enfim, um lírio do campo que amava o Fado e fazia com que todos partilhassem o mesmo gosto por ele.
A ela, a todas as Elianas que povoam o nosso imaginário, a minha singela homenagem.
Andorinha-Primavera
Gaivota sem rumo certo
Eliana!, quem nos dera
Ter-te sempre aqui por perto!
Iremos partir um dia
É condição dos mortais...
Partiste cedo, eu diria,
Partiste cedo demais!...
Tua voz se perpetua
Da lei da morte liberta
O teu Fado se cultua
E nos anima e desperta!
Pergunto ao vento que passa
O porquê desta partida?
O vento chora... e disfarça...
São os mistérios da vida...
Nas asas da nostalgia
Eliana vai voando
Voa, voa noite e dia
Vila do Conde cantando!!!

segunda-feira, julho 14, 2008

Agradecimento

Ao blogue mardemaio.blogspot.com do professor Dimas Maio, agradeço as encomiásticas palavras concernentes ao post:« Marinho Pinto, um "general sem medo"». Mas, como diria o outro: «não havia necessidade»... É demasiada a amabilidade sua. Cumprimentos.

domingo, julho 13, 2008

Amor à Terra!... e à terra!...











Do blogue: bravosdomindelo.blogspot.com
Em Mindelo o amor à terra é quem mais ordena!
A paixão cidadania
O civismo militante
É convívio, é magia,
Ou bairrismo fascinante!
Isto é que é «amar a terra»!
Acendrado amor às gentes;
Lição nobre aqui encerra
Um punhado de valentes.
Esta força, esta torrente,
Deve-se multiplicar
Cada qual bem consciente
Do que importa preservar.
Mindelo sempre espraiada
No carisma popular
Terra limpa e asseada
Santuário lapidar!
Nota final: Aqui deixo a minha homenagem a estes heróis anónimos que por altruísmo puro deixam a sua marca indelével. Sinal dos tempos... Não!, esta não é uma geração «rasca»!... Bem pelo contrário!