A nossa justiça assemelha-se (por vezes, em sempre...) a uma rameira de estrada, com ar imaculado por fora mas bem escura por dentro...Até quando assistiremos a este deboche, este despudor, esta obscenidade?!
A justiça se verga ao vil metal, tal e qual!
Se deixa submeter à lei da força, sim...
E dizem que ao poder amocha, tão venal,
Oh reles meretriz, rameira vil, enfim...
É forte contra os fracos, fraca contra os fortes,
Até faz vista grossa, fecha os olhos, cala
Aos abusos do poder. Condena a tristes sortes
Quem disser o que sente, tão-somente: fala!...
A justiça se verga ao vil metal, tal e qual!
Se deixa submeter à lei da força, sim...
E dizem que ao poder amocha, tão venal,
Oh reles meretriz, rameira vil, enfim...
É forte contra os fracos, fraca contra os fortes,
Até faz vista grossa, fecha os olhos, cala
Aos abusos do poder. Condena a tristes sortes
Quem disser o que sente, tão-somente: fala!...
É bem triste a imagem da justiça. Não que não haja gente séria, claro que há, também como a há menos séria. Contudo, por vezes, o próprio ordenamento jurídico é tão venal que permite mil-e-um malabarismos.
Excessos de garantismos, alçapões calculistas permitem impunidades sem conta. Quem tem dinheiro e pode contratar advogados habilidosos, safa-se. Há magistrados que, só de vê-los uma ou duas vezes, já sabemos de que «lado» estão e qual vai ser o teor da sentença!
É triste, lamentável, vergonhoso, o que se passa no nosso país. As penas aplicadas aos infractores por «delito de opinião» são frequentes, às vezes questões de lana caprina estão na génese dessas condenações, vê-se mesmo que há frete dos juízes na sua ânsia de condenar quem critica o poder, e fala, tão-somente, diz o que pensa, manifesta o seu nojo pela promiscuidade em que o país está mergulhado. O delito de opinião está na moda. Os juízes querem agradar e dar prebendas a quem manda...
Um facto, à vista de um magistrado é considerado susceptível de conter matéria crime, mas o mesmo facto, à luz de outro, já não contém nada de condenável!!! Tudo depende da perspectiva (passe o eufemismo...).
«Todas as causas, nas mesmas circunstâncias produzem os mesmos efeitos», sim, na química, e na física, que não na justiça!...
Aqui há vários pesos e várias medidas-padrão!...