Segundo noticia hoje o Expresso a direita procura alternativa a Cavaco.
Enfim, descontente, sobretudo pela sua não tomada de posição na questão do casamento gay, onde toda a gente aguardava a remessa à AR para uma nova votação, manifestando a sua posição de princípio sobre a matéria, muito embora sabendo que a AR iria sancionar o diploma.
Mas Cavaco Silva é figura altamente instável em questões de princípios. Alguns dizem mais: falso!
Ainda há dias dizia ter sido sempre contra determinadas práticas que redundaram em graves diostorções nos domínios da banca e do sector financeiro, lato sensu.
Se bem me lembro (ver aqui no meu blogue) ele era contra os que verberavam o rumo que as coisas tomavam em 2008 (Maio), os que alertavam, de forma sensata e prudente, face a indícios de pouca transparência e escândalos que não eram bom prenúncio. Como eu o fiz.
Nunca o ouvi atacar eventuais abusos da banca. Sabe-se que colheu dividendos da sua aposta no BPN. Soube retirar-se a tempo (teria sido informado do desastre iminente?!!! Inside trading?!) e nunca denunciou situações pouco claras. Sabe-se que defendeu Dias Loureiro até às últimas, quando já o barulho era ensurdecedor pela manutenção deste conselheiro de Estado altamente e gravosamente implicado em negociatas de baixo calibre no BPN.
A direita tem razões para não confiar neste homem. Ele apoiou o stablishment sem tergiversar, ele foi uma muleta preciosa. Com o seu silêncio e as suas críticas aos «pessimistas» __os que sempre criticaram os excessos havidos na banca, os off-shores, as jardinices na Madeira, as estroinices na banca__ele caucionou todo um caudal de manobras suspeitas e até procurou intimidar os que bradavam contra tal despautério, acusando-os de pessimistas!!!!
Cavaco tem, isso sim, um autêntico exército de serventuários na comunicação social, que branqueiam os seus dislates, distorcem as suas gaffes procurando dourar a pílula...
Cavaco não merece o aval da Direita, nem do Centro, nem da Esquerda. Ele não foi o supervisor atento, não exerceu a pedagogia de influência que era suposto efectuar, não alertou para abusos e práticas pouco transparentes ou prepotentes (como as perpetradas na Madeira por um tal Jardim e seus acólitos).
A Direita só tem uma opção: votar no candidato supra-partidário e acima das partidocracias. Chamem-lhe ingénuo, puro, naif, mas é dele que o país precisa para a REGENERAÇÃO!
O país e as instituições estão doentes, logo um médico é que faz falta!