sexta-feira, abril 08, 2011















O edifício economicofinanceiro implodiu. Já era previsível. Os dados iam sendo cada vez mais evidentes. Chegou a hora de mudar de vida. Apontar a dedo os responsáveis. Fazer diagnósticos e tratar da cura. A bolha despesista rebentou. Os veros responsáveis onde estão? Quem falhou? Que medidas tomar no futuro? Os decisores políticos que estiveram na génese deste descalabro devem ser punidos. O povo exige-o. Não pode continuar tudo na mesma. O esquema era este: o agente económico patrocinava a campanha e depois cobrava-se da factura. À custa de empreitadas por ajuste direto, com derrapagens astronómicas, obras a mais sem justificação plausível, enfim um fartar vilanagem! Um discreto sistema de vasos comunicantes fazia diluír os proventos entre agente económico beneficiado e decisor político. generoso, atento e venerador.. __.apartamentos, lojas, enfim, mordomias várias... Ainda há dias um conhecido dono de hipermercados usava despudoradamente a comunicação social para impor candidatos a ministros de sua confiança. Outros, mais discretos, usarão o telefone ou o email... Depois, quando os designados estiverem no poder, poderão dizer como aquele conhecido e venal dirigente desportivo apanhado nas escutas, dirigindo-se a um árbitro:«lembra-se do que fizemos por si no verão passado?» A pouca-vergonha continua. Freitas do Amaral, sem papas na língua, punha a boca no trombone e acusava o Tribunal de Contas de nada fazer para sancionar estes crimes. Não me consta que o TC o processasse por calúnia ou difamação...todos sabemos que é a verdade nua e crua. Todos farinha do mesmo saco. O povo, o eterno destinatário das facturas finais vai pagar caro os desmandos destas criaturas. E elas?! Usando e abusando da comunicação social (dominada pelos agentes económicos amigos...) perorarão quotidianamente, enxofrando os leitores com autoelogios bacocos, panegíricos sem fim, balelas para fazer boi dormir ou hipopótamo ressonar... Nomes?! Nem vale a pena citar. Câmaras ultra-endividadas, obras faraónicas mais feitas com o objetivo de alimentar clientelas do que servir o povo. Estudos para deitar ao lixo mas alimentando a gorda conta bancária de arquitetos famosos. Paga o povo. Paga o contribuinte. Se não houver uma revolução de mentalidades, tudo continuará como dantes... quartel general em Abrantes!

2 comentários:

O Puma disse...

Sócrates Passo a Passo

a escavacar de novo

José Leite disse...

Puma:

O país com o passo trocado...