domingo, setembro 09, 2012

FUNDAÇÃO «SALVAR PORTUGAL»...











Eis o rosto da nova fundação, que deixou Portugal rendido ao espírito magnânimo destes três homens de honra. Sob o lema «Gratidão à pátria» eles fundaram algo que ajudará Portugal a saír da crise e servirá de incentivo a muitos outros cujo espírito altruísta espera uma oportunidade para emergir.












Disseram eles:«Se António Champallimaud só fez a sua Fundação, no final da vida, nós podemos fazer uma fundação ainda em vida, e guiar os seus passos em ordem a uma maior justiça e prosperidade para todos. «A gratidão não é plavra vã», disse Belmiro, comovido até às lágrimas:


«Devemos ser gratos ao país que nos deu asas, nos alavancou para uma prosperidade que não foi só fruto do nosso génio empresarial. Ainda recordo o período em que a Sonae estava sob a tutela do universo do Banco Pinto de Magalhães e ia ser nacionalizada, só não o sendo, por acção do governo que atendeu ao meu apelo. Ai começou a minha dívida de gratidão. A esse governo e a todos os governos que mais tarde ajudaram a implementar a internacionalização da empresa, na Alemanha, em Espanha, no Brasil, eu por uma questão de honra, devo ser grato».




Américo Amorim , com um sorriso generoso e simpático, falou no mesmo tom:




«Ainda me lembro do tempo em que ia comprar cortiça ao alentejo e fazia gala da minha simpatia para com os trabalhadores empenhados na reforma agrária. A minha afeição ao povo era genuína e não calculista. Agora, através da fundação «Salvar Portugal» quero confirmar isso mesmo. Se o que mais me repugna é a ingratidão, não quero que me acusem disso os meus compatriotas, num momento de carências de vária ordem, de tantos sacrifícios para o povo, quero empenhar-me numa tarefa construtiva e regeneradora da nossa economia. Não, não sou um predador, como alguns, sem visão, sem humanidade, sem um resquício de honra, querem etiquetar-me. Sou um humanista, um cidadão do povo, e quero contribuír para o progresso desse mesmo povo».




Soares dos Santos não era menos encomiástico. Falou assim.




«Gosto de Portugal, amo os portugueses, adoro os trabalhadores, como tive oportunidade de o manifestar no dia do trabalhador, dando uma ajuda para combater a crise, com produtos a metade do preço e arcando eu com o prejuízo financeiro dessa operação. Não foi operação de charme com intuitos calculistas, não, foi generosidade pura e desinteressada. Não foi populismo, ou coisa de igual jaez. Quero manifestar o meu apoio ao país que ajudou o meu universo empresarial a internacionalizar-se e a obter o èxito que não é só fruto da minha inteligência mas também o corolário de um trabalho coletivo que envolve muitos colaboradores e até muitos governantes ao longo dos tempos. Na Polónia falam de mim como «o português» e falam com orgulho. Sinto-me grato por ser herdeitro da saga descobridora, do espírito quinhentista que deu novos mundos ao mundo. Sou um navegador na área económica, no oceano financeiro. Sou um infante D. Henrique, à maneira empresarial, como é óbvio. A fundação «Salvar Portugal» será uma espécie de «Escola de Sagres», ajudando outros empresários, outros trabalhadores, todos os profissionais a singrarem na estranja, honrando o nome português e carreando para o nosso país as mais valias espirituais e materiais daí advenientes».




Como ponto final, devo dizer que o que mais fez comover os portugueses foi aquele comentário do senhor Presidente da República. Pediram-lhe que comentasse a criação da fundação. Ele, sorridente, como é seu timbre, lá respondeu:




«Às vezes costumo dizer que não sou comentador, quando me pedem para comentar coisas delicadas. Mas esta fundação merece de mim e creio que de todos os portugueses o mais vivo aplauso, e os seus beneméritos fundadores, merecem o reconhecimento pátrio. A pátria não pode ficar indiferente a este gesto magnânimo, a este magnífico gesto de bem fazer. Sugiro até que se homenageiem os fundadores, desta forma singela: que se mude o nome ao Terreiro do Paço e passe a denominar-se para o futuro : Praça dos Beneméritos da Pátria




Cai o pano. Aparece a figura do jornalista Fernando Pessa, regressado do Além, exclamando:




«E ESTA, HEIN?»



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