terça-feira, outubro 30, 2012

O GOVERNO COMPRA INDULGÊNCIAS?!

O bastonário da Ordem dos Advogados põe em causa a lisura e a honestiade deste governo...

Sejamos honestos: o país chegou aonde chegou por causa de uma série de abusos, de corrupções, de ilegalidades sem conta nunca punidas, de leviandades  graves a que os tribunais fecharam os olhos, e foram, tal como no antigo regime, os guardiões do templo da imoralidade reinante. É triste recordar isto, mas os tribunais plenários e coisas similares foram o braço legal da ditadura. Hitler fez o que fez graças aos juízes corrompidos que o acolitaram...

Marinho e Pinto, doa a quem doer, tem posto o dedo clarividente e pedagógico__ sublinhe-se__ nas feridas mais dolorosas. Qualquer cidadão, esteja em que quadrante estiver, não pode ficar indiferente às suas judiciosas e lúcidas intervenções.

Veja-se este excelente artigo no JN. VER AQUI

Depois de lidos os comentários que concluír?
Começa aqui a génese da corrupção nas suas mais variegadas formas? Está aqui aberto o livro da promiscuidade mais flagrante entre o poder político e o judicial? Que conclusões tirar?.

De fato os privilégios aqui concedidos a esta casta (novos marajás...)  podem ser o biombo por trás do qual se ocultam muitos favores e muitas indulgências...
Que moral terão estes senhores quando forem confrontados com acusações ao governo, para  mandarem investigar com rigor e empenhamento as queixas? Nenhuma.
O sigilo que alguns pretendem encobrir estas dádivas, só por si não é escandaloso?! Sigilo porquè?! Porque sabem que está ferida de morte a equidade, que está calcada a mais elementar boa fé, está relegado para o mais recòndito da consciência a transparência.

Impostos por pagar, transportes gratuitos, sinecuras de toda a ordem configurando todo um conglomerado de interesses que não podem deixar indiferentes os portugueses sérios, honestos, verticais. A mulher de César além de  ser  séria deve também parecer que o é...

Não me levem a tribunal por este desabafo. Por muito menos que isto já fui condenado... Mas o dever de cidadania é mais forte que o medo de sanções...

sábado, outubro 27, 2012

Condenação à morte por beber água!!!

Esta criatura, por ser católica e não se arrepender nem abjurar da sua fé, foi condenada à morte por beber um copo de água...
Estamos num mundo dito civilizado, onde as religiões, fanáticas e intolerantes, ainda praticam barbaridades sem conta!
Como é possível isto ainda acontecer?
O chamado homo sapiens    sê-lo-á  mesmo?! O homem é cada vez mais o lobo do homem (e com mil desculpas para o lobo, que não faz isto ao seu semelhante, é muito mais humano!!!).

VER AQUI

domingo, outubro 21, 2012

Manuel António Pina

M. A. Pina , escritor e jornalista falecido a 19 de outubro de 2012
A cultura ficou mais pobre.


As palavras murcharam no jardim
Das letras, em sinal de dor, de pranto;
No céu desta cultura há mais um santo
Repousando o sono eterno, por fim...

sábado, outubro 20, 2012

A Junta de Salvação Nacional


Estamos em 2020. Portugal recupera da revolução. A paz social e a justiça são pilares que suportam o edifício democrático.
Passaram-se já alguns anos sobre o mítico 1º de Maio de 2015. Mas vale a pena recordar os acontecimentos que precederam a revolução .

Estamos em 2020 e o país respira um ar mais limpo, mais regenerado, mais salubre. Estão presos os principais protagonistas da nossa derrocada. E tudo começou com um livro polémico escrito por Paulo Morais.

O título era elucidativo: «PORTUGAL, ASSIM, NÃO TEM FUTURO».

O país, de norte a sul devorou-o num ápice. Nesse livro ele resumia as crónicas dispersas que ia fazendo aqui e ali. Ia pondo o dedo em várias feridas. Ia denunciando as corrupções flagrantes visíveis a olho nu, mas que os responsáveis da justiça chamavam apenas vícios processuais e pequenas ilicitudes. Só que, por trás dessas ilicitudes, havia quem vivesse à tripa forra. E Paulo Morais punha os nomes aos bois: fulano de tal que saíu do ministérios das obras públicas e depois foi para aquela grande empresa onde se deu o que se deu... beltrano, que estava no governo e que beneficiou descaradamente aquele banco, foi para lá depois de deixar o cargo e passou-se o que se passou,  aqueloutro que deu milhoes para uma campanha eleitoral  e que viria a protagonizar o maior escândalo bancário dos últimos tempos...etc, etc.

Era um descasca pessegueiro pegado, onde ele mencionava, tintin-por-tintim, as causas próximas e remotas do estado a que chegamos. Foi o fim da picada!

O livro foi mandado investigar pelo ministério público e como havia termos «excessivos»,  no dizer dos magistrados, foi intentada uma ação judicial contra o professor Paulo Morais.

O povo não gostou; os militares berraram : «alto e pára o baile!»

No dia 1º de Maio de 2015 a Revolução surgiu nas ruas com todo o impato: os trabalhadores armados aliaram-se aos trabalhadores com a arma da razão e  rapidamente tomaram conta dos principais órgãos de comunicação social, primeiro, as televisões públicas e privadas, e depois todas as unidades militares ou militarizadas foram sendo controladas sem dificuldades pois o ambiente era de tal ordem que só se ouvia dizer: «bem vinda a revolução, pena foi ter vindo tarde demais!»

Até o cardeal patriarca, contrariando posições assumidas tempos antes, foi perentório: «as manifestações purificadoras e regeneradoras são sempre úteis e louváveis! Cristo foi o maior revolucionário da História! que viva a revolução!»

Enfim, das mais recônditas aldeias o júbilo eclodiu  como se fora um vulcão adormecido, soltando lava incandescente. Receoso de se queimar, o presidente da República fugiu de helicóptero para Espanha onde foi acolhido pelo rei. Os responsáveis da justiça foram detidos e postos em segurança, a fim de se evitar o seu linchamento. A fome alastrara qual vírus pandémico e a onda de pobreza foi como que um tsunami a desencadear a revolta popular.
 Foi criada uma Junta de Salvação Nacional composta por dois oficias, dois sargentos e dois praças que já tinham dado provas de competência nas reivindicações e na organização do golpe. Os líderes sindicais, da CGTP e da UGT foram convidados para formarem um governo provisório capaz de gerir o país nas circunstâncias delicadas que se seguiriam ao desencadear do golpe.

Gritava-se pelo fim do euro e pelo regresso ao escudo. Contudo, a união europeia, num gesto de elevação e dignidade, admitiu também ter culpas graves neste processo e fez questão de se aliar ao acto de cidadania, e foi generosa, apoiando sem reservas os revoltosos, dada a quase unanimidade da adesão popular.
Enfim, Portugal reergueu-se a partir daí. A dívida foi renegociada, os juros passaram a ser mais acessíveis, o Banco Central Europeu passou a emprestar diretamente dinheiro aos estados membros, deixando a banca de ser o intermediário especulador e parasita.

Enfim, a chamada revolução dos piegas, como foi chamada__ pois os governantes humilhavam o povo com impostos e mais impostos, tornando o seu viver insuportável, e ainda por cima  o acoimavam  de  «piegas»...__ regenerou o país e levantou do chão todo um povo escarnecido por governantes incompetentes, mentirosos,  que protegiam os grandes magnatas e sugavam o povo até aos limites da tolerância...

Agora, neste ano de 2020, as novas gerações podem ufanar-se de ter um país mais coeso, mais equilibrado, onde foram banidos os que enriqueceram fabulosamente à custa do erário público e viviam na opulência à custa da miséria popular. As desigualdades gritantes desapareceram.
Digno e meritório, definindo bem  o carisma e a integridade moral do professor Paulo Morais que recusou os cargos mais importantes , sendo apenas professor universitário e comentando na TV a situação do país onde a corrupção não foi ainda totalmente erradicada mas já está sob controlo, sobretudo graças à acção do professor Medina Carreira, Provedor do Povo.

Nota final: Isto é ficção.

quinta-feira, outubro 18, 2012

IMPASSES, como resolvê-los?!



D. José Policarpo, usando o protagonismo que lhe confere a presença em Fátima, no dia 13 de outubro, disse, alto e bom som, que as manifestações não resolvem nada. O respeito que me merece este alto dignitário da Igreja Católica inibe-me de ir ao âmago do problema.

Vem a talho de foice recordar a postura do general Ramalho Eanes aquando da formação de um governo de iniciativa presidencial que teve Maria de Lurdes Pintassilgo como protagonista. VER AQUI

Quando a erosão das instituições começa a ser palpável e o desmoronar do próprio Estado é um fato visível a olho nu, as manifestações surgem de todo o lado. O espírito revolucionário (lato sensu) emerge como último recurso. Será que os sacrifícios que nos estão a ser pedidos levarão a algum porto seguro? Será que é preciso repensar a génese de tudo isto? Valerá a pena persistir nesta via sacra sem fim à vista?

A união europeia ou envereda por rumos mais justos, mais solidários, mais eficazes, ou então há que fazer opções. Um país, por muitos erros que possa ter cometido no passado rcente__ e não foram poucos, diga-se por uma questão de justiça__ estará condenado a ser trucidado pela agiotagem, merecerá ser devorado pela volúpia e ganância sem limites dos mercados financeiros?

Saír do euro começa a ser uma opção séria, credível, racional. E saír enquanto as condições ainda não são alarmantes.

É que poderá surgir um tempo em que nem as eleições, nem as manifestações, resolvam alguma coisa. E esse tempo está mais próximo do que se imagina.

CDS: Risco de extinção?

Com a proposta do PS no sentido de se adequar a dimensão do parlamento __ reduzindo-o substancialmente__ , admitindo-se que o PSD não irá contra este desígnio, tantas vezes apontado pela generalidade dos portugueses, resta ao CDS um dilema: ou aceita o repto, correndo o risco de extinção dado o desgaste enorme que irá sofrer por causa da política de austeridade desenhada pelo atual governo, ou recusa, gerando sobre si próprio um coro de ódios viscerais que se repercutirão em futuras campanhas eleitorais.

Quer aceite o repto quer o recuse, o CDS não tem saída! Está num beco sem saída!

O que já foi o partido do táxi poderá saír do espectro político nacional. O PCP e o BE também poderão  ser substancialmente reduzidos, muito embora a sua  posição face ao poder político vigente seja mais benigna. Contudo, se a redução for avante, se correrem cada qual na sua bicicleta, poderão também ficar reduzidos a muito pouco. Restarão os dois blocos tradicionais: esquerda polarizada no PS e direita agregada ao PSD!

O papel do CDS neste momento é angustiante: faça o que fizer, está condenado a curto ou médio prazo!

RESTA APENAS UMA SOLUÇAO: o governo de salvação nacional!

Quanto mais tarde vier, pior será para o país!

Mas será que Cavaco Silva e seus mais diretos conselheiros  terão a visão suficientemente lúcida para congregar boas vontades e orgulhos, neste desiderato patriótico?!


Creio bem que não!

quarta-feira, outubro 17, 2012

Austeridade sim, mas...


Todos sabemos que a austeridade é precisa. Ninguém a contesta por si. O que está em causa é quem a sofre e qual o grau dessa mesma austeridade. ´E preciso saber quem deve suportar o maior esforço neste desígnio nacional que é o saneamento economicofinanceiro.
Não vale a pena diabolizar ministros ou instituições de forma frenética sem sentido de responsabilidade. O FMI e a Troika são entidades que também podem errar. Devemos ser nós, com sentido de responsabilidade, a abrir-lhes os olhos.
O país só com austeridade pela austeridade não sai da cepa torta. É preciso investimento. E esse papel também deve caber a instâncias internacionais com responsabilidades no estado a que se chegou. A união europeia também  tem culpas no cartório. A questão da criação tardia e espontaneísta do FEEF e a disponibilização do BCE para acorrer aos mercados a fim de minorar o efeito especulativo sobre alguns dos seus membros prova que havia lacunas, ineficácias, erros crassos.

Há situações que podem e devem ser corrigidas. A Sra Merkell pode ajudar-nos incentivando os empresários alemães a aproveitaram o potencial português. Temos mão de obra relativamente competente e eficaz e é preferível aproveitá-la cá em Portugal, investindo aqui, do que deslocalizá-la para a Alemanha (pagando mais e não retirando todas as potencialidades dessa mao de obra...); o ministro das Finanças deve incorporar um pouco de uma visão económica na sua prática. A economia nunca pode ser subalternizada.
O país só se desenvolverá com equilíbrio, com sageza, com hatrmonia se os sacrifícios forem homogeneizados. O capital também deve suportar a sua quota parte neste esforço coletivo.
Enfim, há que ser responsável e ter sentido de Estado. Aos sindicatos deve pedir-se também uma certa contenção, não mordaças intoleráveis, mas uma visão macroeconómica subjacente à realidade que todos pisamos. O barco nacional é comum.


domingo, outubro 14, 2012

O CACIQUISMO ACABOU! Fernando Gomes dixit!

É de bradar aos céus! todos os dias vemos atitudes pesporrentes e caciques de trazer por casa a vociferar contra isto e aquilo, usando e abusando de jornais e TV's__ que se desdobram em vassalagens servis e bajuladoras:__ e vem esta criatura, não se sabendo bem ao serviço de que Senhor Cacique, determinar que o Caciquismo  já foi extinto!  o Dr Fernando Gomes,  acredita nisso!

Vemos na Madeira, alguns, sempre com acesso fácil à comunicação social, a malhar nas oposições por isto e por aquilo, como se fossem elas as más da fita, as maledicentes e as causadoras de todos os malefícios... é o CDS, o PS, o BE, o PCP...todos vítimas sem exceção de um caciquismo patológico que usa e abusa de uma comunicação social vendida e serviçal ao poder instalado.
 Vemos o cacique de Gaia, em constante e saturante intervenção no JN, mostrando as suas excelsas qualidades, o seu ego narcísico e megalómano, tentando aliciar incautos, vendendo a  sua banha de cobra, usando o altifalante da Rua Gonçalo Cristóvão a seu belprazer..
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Vemos caciques a fazer queixinhas aos tribunais, por idiotices sem valor, questões de lana caprina, usando os tribunais como se fossem arena, desviando  o palco, usando até a sua veste cacical para pressionar a justiça graças a uma comunicação social servil e grotesca; há palavras que são classificadas como insulto, quando proferidas por quem está na oposição, quando muito piores termos são usados pelos detentores do poder, e os tribunais fecham-se em copas...

Francamente Dr Fernando Gomes, não vê os processos de delito de opinião que são instaurados de norte a sul, a ponto de o senhor procurador geral da república vir à liça dizendo que se está a abusar da lide judicial para pressionar e intimidar... Francamente, vemos caciques sem nível, usando e abusando da comunicação social,  que se desfaz em salamaleques, para insultar e vexar adversários.

Há caciques fruto de uma comunicação social que se deixa instrumentalizar (subornar?) porque o poder político instalado  tem meios financeiros (publicidades e outras mordomias afins...) para a condicionar. e o senhor sabe melhor do que eu, como se faz. Já basta de padre-nossos para tão experiente vigário...
Sabe-se que o Dr Fernando Gomes se bandeou... o íman de Menezes é como um isco tentador...

D.José Policarpo tem fé...

O senhor cardeal patriarca veio dizer em Fátima que «este sacrifício levará a resultados positivos». Falava a título pessoal ou institucional ?  Esta prova de fé neste governo será positiva ou negativa?
Julgo que o senhor cardeal patriarca, figura de proa da intelectualidade lusitana, deveria ser mais comedido, não deveria fazer afirmações que poderão ter efeitos de boomerang...
Pessoalmente tenho apreço e nutro grande admiração pela sua postura habitual no tocante a assuntos de àmbito universal. Não é um fundamentalista, um fanático, um intolerante.
Contudo, fazer afirmações deste jaez, poderá ser considerado como um aval, uma caução moral e até cívica. Acho que deveria ser mais prudente, mais cauteloso.
Diz que não percebe de política, no entanto está a passar um atestado de confiança e de fé aos tenentes do poder. Ora, ainda há dias o conselheiro de Estado, professor Bento, tinha muitas dúvidas e receava até que estivéssemos a enveredar por um caminho semelhante ao da Grécia!
O próprio professor Cavaco Silva __ honra lhe seja feita__ insurge-se de forma eloquente contra esta obsessão por manter metas nominais a todo o custo, sem se olhar ao contexto real e ao evoluír  da economia em sentido amplo... VER AQUI.
Pode-se matar (ou agravar o estado de saúde...) o doente com esta obsessão pela cura rápida ou demasiado rápida atentas as circunstâncias...
É que o problema já não é de competência do governo, da sua estratégia, da própria idoneidade técnica dos seus membros, é muito mais grave e ultrapassa a fronteira de um nacionalismo estreito. É preciso saber navegar com perícia neste mar chamado globalização...
É a própria União Europeia que assenta em traves mestras que se estão a manifestar muito injustas, a gerar situações de falta de coesão e de instabilidade permanentes. Os países do sul e da periferia, lato sensu, estão acorrentados a uma dívida que vai ameaçando asfixiá-los paulatinamente. Os juros absorvem uma grossa fatia do rendimento gerado e as sucessivas tomadas de posição das agencias de rating__ a soldo de não se sabe bem de quê ou de quem...__ contribuem para o agravamento da situação, afastando investidores, alimentando especulações, fomentando crises atrás de crises.
Um homem de Fé, deveria abster-se de fazer profissões de fé nos homens, sobretudo quando se afirma, perentoriamente, que não se percebe da poda política. Estar sempre ao lado do poder, seja ele qual for, não abona a independência e a sageza de quem está ao leme de certas instituições. Corre-se até o risco de vassalagem (cacicagem?) permanente.
Imagine-se o impacto negativo na sua imagem__e até na da própria igreja Católica__ se estes governantes não contribuirem para a regeneração, para levar o barco nacional a bom porto. Os portugueses perguntar-lhe-ão as razões para ter feito esta afirmação. Esta profissão de fé. Este atestado de boa fé e de eficácia.
Apenas acreditar nas boas intenções dos governantes não basta. É que, já diz o povo, «de boas intenções...»

sábado, outubro 13, 2012

INJUSTIÇAS

Aproxima-se o Rússia Portugal em futebol e as opções de Paulo Bento começam a ser questionadas.
Será que Eliseu, do Málaga, com um início de época fulgurante, não merece ser convocado?
João Tomás, do Rio Ave F.C., outro atleta em destaque, continua votado a um estranho ostracismo.
Será que precisam de Jorge Mendes para os catapultarem para o palco ?
Os empresários têm um papel cada vez mais importante nestas convocatórias. É pena que um selecionador, como Paulo Bento, não seja ISENTO, RIGOROSO, impenetrável a esta teia de interesses que mina os meandros do futebol indígena...

Oxalá isso não se vá refletir no resultado final no jogo da Rússia...

terça-feira, outubro 09, 2012

Os pais da crise...



Em tempos, o dr Miguel Cadilhe faou no monstro despesista e no seu  putativo pai: Cavaco Silva.

Ora são muito redutoras estas análises. Os pais são tantos e tão diversificados que será muito difícil elencá-los a todos.
O governo actual é também vítima de um passado próximo e longínquo que está na génese da crise actual. A União Europeia, com os seus planeamentos e visões globais também tem muitas culpas no cartório.
Isto de colocar os países sob a tutela da banca, gerando-se situações bizarras, de juros altíssimos para uns e de borla para os mais afortunados, é algo de patológico na sua génese neoliberal. As cotações da credibilidade dos países, nas agências de notação financeira, é algo que deveria ser minimizado ou corrigido a médio prazo. O actual status quo é degradante e cria discrepâncias que se irão acentuar cada vez mais criando países altamente beneficiados e outros altamente prejudicados. O centro e norte em notória vantagem sobre alguns do sul e da periferia.

A culpa não é só deste governo. A justiça ao longo dos tempos  tem sido também ela uma trave mestra do edifício chamado crise. O elitoralismo exacerbado, atingindo o seu clímax na Madeira e nalgumas autarquias que bem conhecemos, tem conduzido a situações altamente lesivas da racionalidade económica . O monstro despesista é filho de várias entidades: nepotismo, clientelismo, partidocracia, demagogia, populismo...

 Criar novos hábitos, erradicar práticas danosas, erigir um novo paradigma social é urgente, é imperioso. Era bom que nas escolas se cultivassem princípios de racionalidade económica, de um viver mais austero e compatível com a realidade que nos irá acompanhar na próxima década.

O tempo das vacas gordas passou mas deixou marcas profundas na sociedade, nas mentalidades dominantes. O clima de festa que ainda impera, o eleitoralismo fácil e o populismo manhoso são o caldo de cultura onde floresceu o vírus da crise. Há que vacinar a sociedade contra essa maleita. Urgentemente.