sexta-feira, abril 28, 2017

Fundamentalismo activo em Portugal!!!







O fundamentalismo cresce em Portugal. Vêmo-lo por aí todos os dias. Nas televisões, nos jornais, nas praças públicas. Eles andam às claras, perturbando a ordem, insultando, agredindo destruindo patrimónios ...

Enfim, olhem para os comentadores desportivos e ponham uma barba longa e um turbante na cabeça e aí estão eles a lançar chamas na fogueira da conflitualidade, na trovoada de ódios permanentes. são eles os incansáveis e fanáticos defensores do profeta (o seu clube) os principais mentores disto tudo. Se há responsáveis morais, são eles, os profetas!
Os que actuam no terreno pela calada da noite ou à luz do dia são as marionetas habilmente manipuladas pelos ´profetas maquiavélicos que semeiam ódios, debitando decibeis carregados de instigações à violência de forma explícita ou implícita. Os Ayatollas nas mesquitas são a ignição para ataques e cenas sangrentas que resultam dos seus discursos inflamados e cheios de ódio ao chamado infiel (todo aquele que não comunga dos seus ideários), de igual modo, os discursos  e as agressões verbais permanentes (também entre dirigentes, sublinhe-se!) são a ignição para desacatos e cenas de violência gratuita contra infiéis (todos os adversários!) e os diabos (os árbitros) que funcionam como bodes expiatórios das derrotas...
A mística, quando exacerbada, quando se torna belicista, é a semente do fundamentalismo desportivo ; autênticos gangues, sem um resquício de civilidade, vândalos com olhar injectado de falsas coragens, almas excitadas pelo álcool ou por drogas,, novos átilas da era moderna, prontos a invadir Roma e saquear...

Portugal  está sacudido por hordas de fundamentalistas da bola. Paixão ou delírio,  mística que degenerou em tragicomédia, é preciso cortar cerce esta espiral de violência e de criminalidade antes que resvale para o pântano de guerra civil larvar...

Era urgente acabar com estes programas televisivos e criar outros: plantar flores, criar hortas, fomentar passeios pedestres, promover a comunhão entre o homem e a natureza.

As televisões, se não forem domesticadas, são elas próprias, a génese do caos que aí vem...

E para o culto da partidolatria, direi, mutatis mutandis,  a mesma coisa...

Pastorinhos de Fátima, se é que tendes  amor à terra que vos serviu de berço, pedi a Deus por nós, se não acabar este fundamentalismo, ao menos fazei que seja mitigado ou sublimado em algo mais positivo e construtivo!!!

NOTA FINAL: Nunca fiquei à espera do árbitro, depois do jogo, para o insultar! Nunca! já vi na TV cenas tão deprimentes que começa a ser ridículo e detestável levar a família ao futebol. De intimidação em intimidação vão destruir a beleza do desporto-rei!

segunda-feira, abril 24, 2017

Papa em Fátima


A vinda do Papa a 13 de Maio a Fátima terá impacto a diversos níveis. Mesmo os não crentes admitem que terá impacto positivo para o nosso país e até para as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Enfim, a religião é sempre um catalizador, gera sinergias, cria laços e pontes. Falo em religiões e não em fanatismos demenciais...

Havia um movimento contra a vinda do Papa. De pessoas católicas que não acreditavam no fenómeno Fátima. Agora tiveram o bom senso de se calarem pois era uma coisa demasiado insensata. Acreditando ou não no fenómeno__ e todos são respeitáveis, todas as opiniões devem ser levadas em conta__ contudo, procurar impedir uma visita é atentatório dos mais elementares princípios de cidadania.tolerância e respeito são valores que devemos ter sempre em mente.

Independentemente da verdade intrínseca (e tudo é questionável nesta vida: políticas, religiões, sistemas de ensino, doutrinas económicas...) há que dar liberdade a todas as manifestações desde que não colidam com os direitos humanos.

Seja bem vindo Papa Francisco! e que o "milagre" da tolerância e da convivência se multiplique urbi et orbi! 

A douta opinião do padre e professor de Filosofia ANSELMO BORGES merece séria e profunda reflexão. Aqui a deixo à consideração de todos, crentes e não crentes.


O que eu penso sobre Fátima (1)

Antes de entrar no tema propriamente dito, quero deixar três notas prévias, que devo ao leitor. A primeira, para dizer que, a pedido da revista internacional Concilium, escrevi, de modo mais organizado, um texto sobre Fátima, a publicar no mês de Junho. A segunda, mais importante, para esclarecer que fui ordenado padre em Fátima pelo cardeal Cerejeira e que, sempre que lá vou para fazer conferências, passo pela Capelinha das Aparições e ali rezo como tantos outros. Depois, à pergunta se vou a Fátima por causa da vinda do Papa respondo que não, porque não gosto de confusões e penso que os responsáveis da Igreja deveriam prevenir as pessoas, pois correm o risco de uma imensa desilusão, já que muitas dificilmente verão o Papa. Prestado este preâmbulo, o tema.
1. Deve ficar claro, desde o princípio, que Fátima não é dogma de fé. Que é que isto significa? Que se pode ser bom católico e não acreditar em Fátima. Fátima não faz parte do Credo. Outro esclarecimento mais urgente ainda: Fátima não ocupa nem pode ocupar o centro do cristianismo, o centro é Jesus de Nazaré, confessado como o Cristo, portanto, Jesus Cristo, e o Deus de Jesus e as pessoas, todas.
Aí está a razão por que, como disse a João Céu e Silva para o seu belo livro sobre Fátima, Fátima. A Profecia Que Assusta o Vaticano, eu trouxe a Portugal grandes teólogos, para congressos e colóquios, e não manifestaram interesse em ir a Fátima. De facto, Fátima não é propriamente uma questão teológica, é sobretudo uma questão de religiosidade popular. De imenso significado e que deve ser respeitada, sem dúvida alguma.
2. Para surpresa de alguns, confesso que não me custa admitir que as três crianças, os pastorinhos, tenham feito uma verdadeira experiência religiosa em Fátima.
Qualquer pessoa minimamente atenta, quer queira quer não, acaba por perceber que há um mistério no mundo. Fernando Pessoa dizia: olha para o lado e o mistério está lá (cito de cor), mas eu digo mais: ele está ao lado, em cima, em baixo, dentro, fora, em toda a parte. E todos somos confrontados com esse enigma e mistério e perguntamos: o que é isto?, qual é o fundamento de tudo?, qual é o sentido da existência?, para quê tudo? Crente é aquele, aquela, que se entrega confiadamente ao Mistério, ao Sagrado, esperando dele sentido, sentido último, salvação. Escusado será dizer que essa experiência e essa resposta confiada de fé surgem sempre interpretadas num determinado contexto existencial, pessoal, social, histórico, no quadro de pressupostos e expectativas, e na e pela sua mediação também.
3. As crianças também podem fazer uma experiência religiosa. E isso, repito, pode ter acontecido também em Fátima com aquelas crianças, os três pastorinhos. De facto, não consta que tenham sido pagas para dizer que viram Nossa Senhora; pelo contrário, até sofreram bastante. A própria Igreja, no começo, pôs muitas reticências.
Mas, acrescento, foi uma experiência religiosa, evidentemente, à maneira de crianças e no contexto histórico da altura: havia perseguição religiosa da Igreja por parte da Primeira República, estava-se em guerra (as crianças devem ter ouvido falar sobre a I Guerra Mundial e de como os soldados partiam para a guerra), e vivia-se no enquadramento religioso da época, que implicava as chamadas missões populares, com pregadores "missionários" que vinham de fora e, do alto dos púlpitos, aterrorizavam os fiéis com sermões de temor de Deus e terror do inferno. As crianças ouviam estas coisas na igreja e em casa.
Assim, tratou-se de uma experiência religiosa à maneira de crianças e segundo esquemas e uma imagética hermenêutico-interpretativa situada no seu contexto. Não se pode esquecer que a experiência religiosa se dá sempre dentro de uma interpretação, de tal modo que há experiências religiosas melhores e piores ou menos boas. A daquelas crianças não foi das melhores, pois pode-se, por exemplo, perguntar: que mãe mostraria o inferno a crianças de 10, 9 e 7 anos? Os pastorinhos ficaram marcados negativamente e, de algum modo, com a vida tolhida. Ao mesmo tempo, e isso é admirável, tiveram uma imensa generosidade face à situação que viviam.
Acrescente-se que aquele núcleo de experiência foi sendo submetido a arranjos e rearranjos ao longo do tempo, segundo novos esquemas interpretativos, no contexto de novas situações históricas e novos desenvolvimentos.
4. Perguntam-me: e eles viram mesmo Nossa Senhora? Maria, a mãe de Jesus, apareceu mesmo?
Aqui, é decisivo fazer uma distinção essencial. Entre aparições e visões. Uma aparição é objectiva, como, quando, por exemplo, estamos a conversar com uma pessoa e chega uma outra pessoa: os dois vemos a terceira pessoa que chega; se estivéssemos quatro ou cinco pessoas, seríamos quatro ou cinco a ver e a constatar a chegada objectiva desta outra pessoa. Evidentemente, não foi isso que aconteceu em Fátima e, neste sentido, é claro que Nossa Senhora não apareceu em Fátima aos pastorinhos. Se fosse uma aparição, todos os presentes veriam e constatariam a sua presença, o que não aconteceu nem podia acontecer, pois Maria não tem um corpo físico que possa mostrar-se empiricamente.
Tudo o que é espiritual é da ordem espiritual. Por exemplo, na Anunciação, não apareceu empírico-objectivamente nenhum anjo a falar com Maria. O que ela teve foi uma experiência místico-religiosa interior. Isso é uma visão, no sentido técnico da palavra: uma percepção interior. As grandes experiências são interiores e vão para lá do empírico. Afinal, a objectividade empírica não detém o monopólio de toda a realidade, da realidade mais verdadeira.
Padre e professor de Filosofia
 

segunda-feira, abril 10, 2017

TRUMP ENSANDECEU?!!!

Admitir que a resolução do problema da Coreia do Norte é eliminar (decapitar o regime) o seu líder ou optar por armas nucleares é a análise simplista de TRUMP

Será que temos uma nova prática política a roçar o nazismo?!
Será que todos os fins justificam todos os meios? Maquiavéis não, por favor!

Que o problema é grave, é, ninguém o minimize, mas esta solução terrível não será insensata?!!!

UMA PREVISÃO POUCO VEROSÍMIL UMA GUERRA NUCLEAR, COMO PREVÊ UM VIDENTE...

sexta-feira, abril 07, 2017

Fátima 13 de Maio de 2017

«Dois marroquinos muçulmanos que cursavam estudos em uma universidade na cidade italiana de Perugia foram expulsos do país o mês passado logo depois que se descobriu que planejavam um atentado para assassinar ao Papa 
Conforme informa o jornal italiano Panorama, a interceptação de algumas conversas entre ambos levou à prisão dos extremistas e sua conseguinte expulsão. Um deles, Mohammed Hlal, assinalou que queria “a morte da cabeça do Vaticano” e que “estava preparado para assassiná-lo para ganhar um lugar no Paraíso”.
Este universitário de 27 anos falava por telefone com seu companheiro, de 22 anos de idade, Ahmed Errahmouni, quando o conteúdo da conversa atraiu a atenção da polícia local.
Panorama assinala que foram assinalados como “uma ameaça à segurança nacional” no documento do Ministro do Interior da Itália.
Segundo a investigação que começou em outubro do ano passado por parte da polícia italiana anti-máfia, ambos os estudantes têm uma visão extremista do Islã e procuravam material explosivo. Hlal estudava comunicações internacionais enquanto Errahmouni se formava em física e matemática na Universidade de Perugia.
Uma fonte do Ministério do Interior, assinala a agência Reuters, confirmou que “durante as investigações foram encontrados elementos que levam a pensar que os dois tramavam um atentado contra o Papa».
Que pensar da segurança ao Papa Francisco em Fátima?é ou não um alvo potencial?!
As pessoas com preocupações de segurança, por vezes são consideradas de paranoicas, pois a sua obsessão leva-as a pensar em todas as hipóteses. Eu costumo dizer que um guarda-redes de futebol tem de estar sempre atento pois o remate à sua baliza pode vir a qualquer momento e de onde menos se espera... até de um companheiro que alivia mal a bola...Os guardiões do Papa deverão ter a mesma preocupação, saberem que podem esperar tudo: desde um avião carregado de bombas que se deixa abater sobre a multidão de fieis ("infiéis" na sua versão das coisas...) ou um camião carregado de engenhos explosivos mas tendo um rótulo dissuasor (como Coca-Cola ou Super Bock...) tudo é possível(até um inofensivo drone lançando gás Sarin!!!)  quando se está perante uma horda de criminosos norteados por obsessões e  patologias de índole psicopática. Deus gera etiologias perigosas, já foi assim ao longo da humanidade, vimo-lo com a Inquisição. O Padre António Vieira, Damião de Gois, Gil vicente e tantos outros foram vítimas dessa etiologia...a saga continua, agora com novos paradigmas e novos actores...
Enfim, o Papa Francisco é o alvo numero um da máfia italiana que perdeu muito dinheiro com as suas medidas higiénicas na banca. Os fundamentalistas islâmicos, como se vê no texto acima, são tentados a ir mais rapidamente para o paraiso, segundo a sua louca doutrina, abatendo um líder rival...O  Papa é na sua idiossincrasia, o líder dos "cruzados", logo o alvo número um! Se o eliminarem, a alma ficará lavada para sempre e o paraiso será seu, com um lugar de destaque perante Alá!
Há pois que ser "paranoico" e prever todas as eventualidades, não se pode brincar em serviço, até uma criancinha com um ramo de flores na mão poderá ser um engodo para melhor o alvejar...