quarta-feira, outubro 18, 2017

Insultar a justiça, de forma leviana...


Os indícios apontados e divulgados amplamente pelas escutas telefónicas aos principais arguidos da Operação Marquês eram convincentes e não deixavam dúvidas. A justiça não estava a cometer nenhuma perseguição, nenhum crime de natureza política,  ou a incidir numa  obsessão  pessoal. No entanto, como já vai sendo vulgar nestas criaturas apanhadas com a boca na botija, os insultos e dichotes sobre a maldade  intrínseca dos procuradores eram constantes. Tudo seria desmistificado na hora certa, era melhor mandar arquivar que não havia provas nenhumas, clamavam eles,  era tudo um "embuste", uma "cabala", um "lamaçal de vitupérios", enfim, a comunicação social afeta a este personagem tudo fez para intoxicar a opinião pública. É óbvio que alguns politicamente gratos, alguns beneficiários colaterais deste esquema, iam fazendo suas as dores alheias e engrossavam o caudal de críticas à justiça.
Agora, finalmente, surgiu a acusação e  os principais visados não esclarecem nada, limitam-se a usar frases herméticas denotando uma falta de argumentação que impressiona. Dizem apenas: «é tudo falso!», «tenho a consciência tranquila», «tudo um romance com muitas páginas»!

As cassetes habituais nestas circunstâncias. e isto vai durar uns anos até que a verdade límpida e cristalina possa surgir aos olhos de todos. Vamos ter estas cenas hilariantes, com  livros publicados que mais não são do que pretexto simplório para botar faladura, usar o megafone mediático com ostentação  até à náusea!
 
PS:    A mais  subtil instrumentalização de outros (ministros do seu governo) para atingir fins ilícitos. Um malabarista perfeito! VER AQUI

Um comentário:

Miguel disse...

será que a justiça algum dia será feita ou ficará no segredo dos deuses, ao sabor de algumas conveniências e proveitos políticos?